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Iniciar e concluir
Do Diário do Grande ABC
23/08/2022 | 08:21
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Anunciar obras é importante para o gestor público, mas concluí-las é fundamental. Daí ser altamente relevante o resultado de levantamento do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) que aponta redução de 28,5% no número de projetos paralisados em território paulista em 2022 quando comparado a 2019 – caindo de 758 para 542. A maior beneficiada por este postura certamente é a sociedade, que vai ter de volta, em forma de bens, o que pagou em impostos.

O Grande ABC seguiu a tendência estadual. Em 2019, as sete cidades tinham 16 empreendimentos paralisados; atualmente são três – uma redução de 81,25%. Santo André é um bom exemplo. Após cinco anos e meio de administração, o prefeito Paulo Serra (PSDB) está prestes a entregar o último dos esqueletos que herdou ao assumir o Paço. O Centro de Assistência Social da Vila Luzita deve ser inaugurado até o fim do mês. São Bernardo, idem. Recentemente, ao ser questionado por este Diário sobre o “símbolo” de sua gestão, também iniciada em janeiro de 2017, o chefe do Executivo Orlando Morando, outro tucano, não titubeou: “Concluímos as obras paradas, que perturbavam as pessoas, ao invés de iniciarmos novas”.

Foi o que fez também o presidente Jair Bolsonaro (PL) na esfera nacional ao assumir o governo, quatro anos atrás. Em vez de criticar o que o antecessor fez, tratou de concluir todos os projetos que entendia serem bons para a sociedade. Foi assim que a tão sonhada transposição do Rio São Francisco começou a cumprir a sua função originária, qual seja a de levar água potável à população antes sujeita à seca.

Independentemente do partido político a que pertençam, gestores públicos precisam assumir o compromisso de concluir obras em andamento, tenham sido eles ou não os responsáveis pela sua proposição. É preciso colocar fim ao costume brasileiro de se rejeitar, por puro capricho ideológico, projetos iniciados pelos antecessores. Se eles são importantes para a sociedade, que sejam terminados e passem a servir, o mais rápido possível, ao interesse público. 




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