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Produção de água caiu no último ano
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
20/09/2007 | 07:20
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A produção de água na Região Metropolitana de São Paulo sofreu queda no último ano. De 2006 para 2007, o montante captado nas represas que abastecem mais de 18 milhões de pessoas baixou 700 litros por segundo. A diferença é explicada pelo constante aumento da população em áreas de manancial.

As perdas na distribuição da água também colaboraram. Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), a taxa atual é de 15% da produção, que acaba desperdiçada por problemas na rede, como tubulações antigas e grandes desníveis de terreno, que causam pressão e estouro dos canos.

Reduzir o famoso gato da água é tão importante quanto criar novas alternativas de captação. Uma ação que requer trabalho conjunto com as Prefeituras envolvidas para evitar novas invasões de terras protegidas por lei.

Problemática conhecida na região. O Grande ABC colabora com 13,7% das perdas do Estado, o que equivale a 219 milhões de litros por dia. Boa parte do problema está nas margens da represa Billings, onde vivem cerca de 800 mil pessoas.

Para evitar o colapso do sistema, daqui a três anos, os moradores da Região Metropolitana vão beber água da represa Taiaçupeba. A ETA (Estação de Tratamento de Água), construída pela Sabesp na região de Mogi das Cruzes, conforme o Diário adiantou, será responsável pelo aumento da captação de água em 5m³ por segundo já em 2010. A confirmação é da direção da empresa.

Em entrevista exclusiva, o presidente Gesner Oliveira e o diretor metropolitano Paulo Massato revelam detalhes do Plano Diretor da Sabesp, desenvolvido para aumentar a oferta de água, com o objetivo de continuar atendendo a crescente demanda.

De acordo com Massato, o aumento populacional exige um aumento de oferta da ordem de 1.500 litros por segundo. Com a redução das perdas, na mesma proporção, o sistema se sustenta. “Mantido esse nível, vamos ganhar dois ou três anos”, afirma o diretor.

Billings - Quando necessário, outra possibilidade pode ser aplicada: a ampliação da captação de água na Billings, numa marca de 2m³ por segundo, no braço do Rio Grande, ao lado da Anchieta. A medida seria direcionada para atender aos moradores de Santo André, São Bernardo e Diadema.

“Isso vai depender de negociações e entendimentos com o sistema de energia, por causa da Henry Borden. A represa tem uso múltiplo”, diz Massato, referindo-se à retomada da geração de energia na usina com a aprovação dos testes de flotação do Rio Pinheiros.




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