Política Titulo MERCADO
Bolsonaro almoça com presidente da Febraban e banqueiros em SP

Encontro com representantes da Faria Lima será na segunda-feira

Da Redação
06/08/2022 | 09:34
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Agência Brasil / Marcelo Camargo


Interlocutores políticos e econômicos do presidente Jair Bolsonaro (PL) passaram a acionar importantes nomes do PIB brasileiro depois da ampla repercussão entre empresários do manifesto pela democracia, parte de um movimento organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Um dos contatos realizados pela campanha de Bolsonaro foi com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que resultou no agendamento de um almoço entre o presidente e banqueiros na segunda-feira (8). A data foi sugerida pela campanha de Bolsonaro e acelerou o início de encontros entre a entidade e presidenciáveis.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também será recebido pela entidade nos próximos dias. A rodada de conversas entre presidentes dos principais bancos do País e candidatos começaria a ser articulada ontem, quando terminou o prazo para as convenções partidárias. O movimento da campanha de Bolsonaro na última semana, no entanto, antecipou o plano.

Aliados do presidente buscaram dirigentes da Febraban e disseram ter aconselhado Bolsonaro a não ampliar a tensão com empresários na proximidade das eleições. Houve pedido da campanha para que o presidente fosse recebido para uma conversa na sede da instituição, em São Paulo.

No ano passado, quando a entidade decidiu apoiar um manifesto na véspera dos atos de 7 de Setembro, a postura do governo Bolsonaro foi reativa. Na época, o então presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, incendiou a relação ao propor a saída da instituição e do Banco do Brasil da tradicional entidade, o que acabou não acontecendo. Os dois bancos públicos estão na lista dos cinco maiores associados da Febraban.

A entidade liderou a busca de apoio para um manifesto que pede compromisso com “a soberania do povo expressa pelo voto”. O texto, assinado por mais de cem entidades, será lido em um dos atos organizados para ocorrer no dia 11 de agosto na Faculdade de Direito da USP. Na mesma ocasião também será lida a carta em defesa da democracia redigida por juristas - que acumula mais de 765 mil signatários. Milhares de pessoas são aguardadas pelos organizadores do evento, que tem entre as mensagens o respeito à Justiça Eleitoral e ao resultado das eleições deste ano.

Bolsonaro ensaiou uma ida à Fiesp no dia 11, mas cancelou a participação após notícias de que seria convidado a assinar o manifesto durante sua visita à entidade. Alguns conselheiros da campanha também indicaram que seria um erro rivalizar com o movimento na mesma data.
(do Estadão Conteúdo)




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