Apesar do atraso de 7 horas no início da venda dos 2 mil kits de pão salgado ou doce e um suco artificial de frutas na estação de Mauá, o programa Bom Lanche, montado pela CPTM e pelas secretarias estaduais de Agricultura e Abastecimento e de Transportes Metropolitanos, começou a funcionar às 12h30 – para o almoço.
O objetivo do projeto, ainda um piloto, é oferecer um lanche simples para que passageiros com fome não se sintam mal dentro dos trens. Nas estações, o lanche custa R$ 0,40, com opções diferentes a cada dia. Do Grande ABC, apenas Mauá faz parte do programa, implementado em outras seis estações da Região Metropolitana. Fora o contratempo, os passageiros aprovaram a iniciativa e, principalmente, o preço.
Em Guaianases, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, lançou oficialmente o programa às 7h. Em Mauá, alguns problemas técnicos na montagem do quiosque – padronizado pela Secretaria de Agricultura – frustraram a expectativa de alguns passageiros que viajaram no horário de pico, entre 5h e 8h. “Cadê o lanche ?”, perguntaram cerca de 15 passageiros para Renato Antônio da Costa, 47 anos, encarregado da estação. O superintendente de Programas Corporativos e Relações com a Comunidade da CPTM, Luiz Alberto Chaves de Oliveira, havia garantido nesta terça que os kits estariam à venda a partir das 5h.
A instalação dos sete quiosques ficou sob responsabilidade da empresa fornecedora e distribuidora dos lanches, Terra Azul Alimentação Coletiva e Serviços, localizada na divisa de Santo André e São Caetano. “Tivemos problemas na estação de Osasco, e, conseqüentemente, atrasamos na montagem aqui, a última da série”, explicou Eduardo da Silva, 20 anos, que coordenava a montagem dos quiosques.
O assistente técnico da CPTM, Cláudio Falótico, 52 anos, confirmou os imprevistos com os quiosques nas estações de Mauá, Perus e Osasco. “Trata-se de um projeto piloto. Daqui 20 a 30 dias, teremos uma avaliação de como o usuário reagiu, qual o lanche mais aceito e o sabor de suco mais consumido, críticas e sugestões”, afirmou. Por R$ 0,40, comparou, dá para se comprar hoje dois chicletes. “O kit lanche tem um valor alimentício de 15% das necessidades diárias para uma pessoa.”
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