Enquanto a Fundação Procon em São Paulo já teve a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do estado de São Paulo) como a maior reclamada do ano, no Procon de Santo André, de janeiro para cá, foram feitas apenas cinco reclamações contra o Semasa.
O diretor do órgão municipal, Manoel Fernando Marques da Silva, admite o erro. E, segundo Silva, o atendimento pode ter sido negado a mais de um consumidor. “Temos o dever de atender (casos que envolvem) autarquias municipais. O que não podemos fazer é ingressar em juízo contra órgãos públicos porque é o mesmo Tesouro que nos remunera.”
Silva promete que o Procon irá rever o procedimento a partir de segunda-feira. “Mesmo com um quadro de técnicos reduzido (a capacidade de atendimento caiu de 35 para 27 pessoas por dia), vamos reiterar para toda a equipe que devemos atender todo tipo de solicitação.” O ajustamento, de acordo com a diretora da Fundação Procon, evitará a autuação do órgão. Se um consumidor não for recebido pelo Procon municipal, Maria Tereza disse que ele deve denunciar o problema à Ouvidoria da Fundação.
Denúncia – No primeiro semestre deste ano, representantes do condomínio Edifício Jaqueline, de Santo André, foram ao Procon da cidade para pedir explicações sobre o repasse para a conta de tarifas bancárias cobradas do Semasa pelos bancos. “Mas o Procon se negou a dar andamento ao processo e por isso recorremos à Fundação Procon em São Paulo”, disse o condômino Roberto Contrucci Montaño, que afirmou ainda que, por conta própria, chegou a procurar a ouvidoria do Semasa, mas “a resposta foi que não reconheciam a lei e por isso minhas reclamações não adiantariam”. Para o Semasa, o benefício seria devido apenas a aposentados.
Montaño disse que relatou o problema à Ouvidoria da Fundação. “Mesmo porque, a impressão que ficou é que eles negam atendimento porque também são funcionários da Prefeitura.” Diante da situação, o consumidor recorreu à Fundação. Em pouco tempo, reclamante e reclamada participaram de uma audiência conciliatória. Não houve acordo, mas ficou formalizada a posição da Fundação de que a cobrança é abusiva e incorreta. “Agora, estamos aguardando uma posição do Semasa, senão entraremos na Justiça”, disse o administrador do condomínio Benedito Rolim de Freitas Junior.
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