Policiais do 4º Distrito Policial de Mauá identificaram os autores da chacina ocorrida no dia 16 de setembro do ano passado, na qual morreram o ajudante Anderson de Jesus de Paulo, 18 anos, conhecido como Piaba, o desempregado João Batista de Moura, 18, e o estudante Eduardo Lamim da Silva, 17. As vítimas estavam no bar conhecido, na época, como Cokeluxe, hoje Bar Quero Mais, na avenida Adílson Dias de Souza, no Jardim Zaíra, em Mauá. Outros cinco rapazes foram baleados.

Reinaldo de Moraes Lacerda, 20, o Vitrine, José Aldrey do Carmo Silva, 18, o Drey, Paulo Henrique Gomes, 21, o Paulinho, foram identificados pela polícia por meio de denúncias anônimas, que desencadearam uma investigação que durou quase nove meses. Edmael da Silva e Leandro Moraes Lacerda, o Lê, irmão de Vitrine, também participaram da chacina, mas foram mortos em 30 e 24 de dezembro passado, respectivamente.

O delegado titular do 4º DP de Mauá, Ceni Martins, disse que Vitrine é um dos criminosos mais procurados na região. “Ele lidera a quadrilha do bairro do Alto da Boa Vista e é suspeito de praticar roubos a bancos, tráfico e homicídios.”

Rogério Tadeu Almeida Krisan, o Alemão, 21, – preso em janeiro por outro crime – é acusado de ter participado da morte da estudante Viviane Bassi da Silveira, 19. Ela teria armado uma cilada para as vítimas da chacina, de quem era conhecida, para que a gangue de Vitrine, de quem era namorada, pudesse atacar o grupo de amigos.

Alemão, que já conhecia a estudante, foi até o Hospital Nardini, onde os feridos foram socorridos e ofereceu carona para Viviane, ferida na perna depois de ter caído de uma motocicleta durante sua fuga do local.

Ela não sabia que Alemão já havia sido informado pelo irmão, R.A.K., 15, também baleado, de que ela havia disparado contra eles na frente do bar. Com mais dois rapazes (Maurício Gaspar de Melo e Valdirene Rones) levou a estudante até a rua Emília Scarparo, no mesmo bairro do crime, e a executou com 23 tiros de pistolas calibres 45 mm e 9 mm.