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Avenida de Sto.André ‘cai’ dentro de córrego
Ana Macchi
Do Diário do Grande ABC
13/02/2003 | 20:45
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Nada sobrou do início da avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello, no Jardim Marek, em Santo André. Parte da avenida foi engolida pelo córrego Cassaqüera. Até mesmo um poste de iluminação pública teve se ser escorado por um equipamento para permanecer de pé. Moradores locais já não utilizavam a via para trânsito de veículos e agora temem atravessar a pé dois dos trechos mais perigosos da via.

“Assistimos toda a avenida desmoronar aos poucos. Sempre fizemos abaixo-assinados alertando para o perigo. Ninguém deu ouvidos”, disse a administradora Marinalva Mendes, 32 anos. Seus vizinhos contam que os deslizamentos ficaram mais freqüentes nos últimos três meses e chegaram a atingir os barracos construídos do outro lado da margem.

Dentro do córrego, lixo, restos de móveis, portas e esgoto dividem espaço com restos de pavimentação. “O quarto do meu filho foi parar no córrego durante a última chuva. Não nos machucamos, mas também não temos condições de sair daqui”, afirmou a dona de casa Maria lúcia Rodrigues, 43 anos. O barraco dela e outras quatro casas de madeira correm o risco de desabar a qualquer momento, mas não estão interditadas.

Assim como a cratera não é mais novidade para os moradores, o mesmo pode-se dizer das promessas da Prefeitura para o conserto do estrago. “Os funcionários vêm aqui, tiram fotos, mas não fazem nada. Os únicos que fazem algo são os bombeiros. Toda hora eles vêm tirar os carros e carretas do fundo do córrego”, disse o comerciante Arivonildo José da Silva, 26 anos. Segundo ele, a administração promete soluções há três anos.

O carrinheiro Manoel Fernandes de Araújo, 38 anos, tem dificuldades para atravessar seu carrinho pela rua. “Está uma verdadeira vergonha. De um lado, todo o asfalto foi engolido. Do outro, as casas estão para cair. Não temos mais para quem reclamar.”

O tratorista José Amâncio da Silva, 47 anos, lamentou a falta de manutenção. “Ajudei a construir essa avenida em 1981. Naquela época o córrego não tinha esse curso. Esse era menos fundo e a água cristalina”, disse.

Obras – Segundo a assessoria de imprensa do Departamento de Obras de Mauá, a Prefeitura só colocará máquinas para refazer a avenida depois de o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) realizar a obra de contenção das margens do córrego. O serviço, conforme informou reportagem do Diário feita no local em dezembro do ano passado, estava prometido para janeiro.

Segundo o Semasa, a obra de contenção ainda não foi feita por problemas na licitação do serviço. Uma nova data ainda não foi agendada, porém deve sair neste semestre.




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