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Venda do comércio supera expectativas
Paula Cabrera
04/01/2011 | 07:42
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A manutenção dos empregos e a alta oferta de crédito em 2010 fizeram com que o comércio crescesse 10,3% no ano passado. Dados da Serasa Experian mostram que o índice alcançado é um dos melhores obtidos pelo setor, perdendo apenas para 2007 quando marcou aumento de 15%. Dezembro também alcançou desempenho acima da expectativa, fechando o período com elevação de 13,7% nas vendas segundo a ACSP (Associação Comercial de São Paulo). A previsão era de atingir alta de 12%.

O Grande ABC acompanhou o movimento. Dados da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) apontam que o número de consultas aos órgãos de crédito em dezembro registrou 12% de aumento em relação ao mesmo período de 2009. Para o superintendente da entidade, Luis Antonio Sampaio da Cruz, os números apontam que o varejo foi um dos pontos fortes de 2010 e que deve seguir como destaque neste ano.

"A expectativa é que a economia se mantenha, apesar dos sinais de que podemos ter problemas se o governo não agir no controle da inflação. Outro fato é a economia no restante no mundo, que interfere. Ainda temos dependência dos mercados externos e torcemos para que Estados Unidos e Europa melhorem a situação em que estão", diz.

O economista da ACSP Emilio Alfieri mostra preocupação com os pacotes para conter a inflação apresentados pelo BC (Banco Central). Em dezembro foram retirados R$ 61 bilhões do mercado que estavam disponíveis para financiamentos a longo prazo. A medida não agradou o varejo.

"A única ressalva neste número que fechamos é que o crediário vinha puxando as vendas até novembro e, em dezembro, as compras à vista foram destaque e superaram o número de consultas aos cheques, por exemplo. A única explicação que encontramos para essa mudança foi o anúncio dessas medidas que forçaram o consumidor a usar o 13º."

Para o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, o comércio dificilmente repetirá a marca neste ano. "Temos medidas já baixadas para conter o avanço do crédito. Há previsão de que a Selic (taxa básica de juros) seja aumentada. Isso faz com que a expectativa de crescimento fique em torno de 8%."




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