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Devotos de São Sebastião. Raízes no bairro Santa Tereza. Uma oficina na Avenida Dom Pedro I.

O Dia de Santa Cruz, 3 de maio, outrora dia santo de guarda e hoje unificado com a festa de exaltação da Santa Cruz, em 14 de setembro, permanece como a data maior de Rio Grande da Serra. O dia foi escolhido para celebrar o aniversário da emancipação político-administrativa da cidade

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
03/05/2022 | 10:17
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Consertando geladeiras
Depoimento: Claudio Manoel Melo, o Claudinho da Geladeira (prefeito)

A minha história com a cidade começa em 27 de fevereiro de 1979, quando meu pai decidiu deixar a Vila Palmares (Santo André), para onde havíamos mudado um ano antes vindos de Altinho, em Pernambuco, cidade onde vivi.

Me mudei para a Avenida São Paulo, no bairro Santa Tereza, que é meu endereço até hoje. Era um rapazinho de 14 anos que, vindo de uma família com dez irmãos, tinha a responsabilidade de encontrar uma ocupação para ajudar no sustento.

Costumo dizer que a vinda para Rio Grande da Serra não foi fruto do acaso. A minha família sempre foi devota de São Sebastião, santo padroeiro do município. A devoção começou ainda antes de eu nascer, quando o meu avô decidiu homenageá-lo dando seu nome à minha mãe - Sebastiana.

Altinho também tem São Sebastião como padroeiro. Como Rio Grande da Serra, lá não havia maternidade. Nasci em Caruaru, no Hospital São Sebastião, em 11 de setembro de 1965.

Sob a proteção de São Sebastião, abri uma pequena oficina para consertar geladeira, na Avenida Dom Pedro I. Mas meu pai sempre defendeu que eu deveria trabalhar com a carteira assinada.

No início de 1981, tive meu primeiro registro na Astar - Indústria e Comércio de Tambores. Não fiquei muito tempo lá. Na sequência, trabalhei na Móveis Denise, vizinha à esta empresa, na área da pintura.

Casei-me aos 19 anos e nasceu a minha única filha. Mais uma vez, meu pai me aconselhou a procurar um trabalho melhor. Fui admitido pela Volkswagen, para trabalhar na Ala 13. Fiquei por lá por uns três anos. Mas sentia que o meu futuro não estava lá. Soube que era concedida uma licença premiada para os funcionários que quisessem deixar a empresa voluntariamente. Meu chefe tentou demover-me da ideia. Mas, no fundo, sabia que havia algo lá fora mais importante. Voltei para Rio Grande da Serra e reativei a minha oficina que consertava geladeira.

Na década de 90, comecei a tomar gosto pelos movimentos populares, quando me envolvi com a organização do Carnaval e dos eventos culturais. Afinal, é por meio da cultura que expressamos quem somos. Ao me tornar presidente da Sociedade Amigos do Bairro Santa Tereza percebi que poderia ajudar a transformar a realidade de nosso município.

Me tornei vereador, por três mandatos. Durante meu período de vereança, tentei ser aquele que, embora estivesse na oposição, sempre contribuiu com a melhora de nossa cidade. Entre as minhas lutas estava a instalação de uma UPA em nossa cidade. Tornar-me prefeito parecia um sonho impossível. Mas graças a Deus e à população de nossa cidade, o sonho se tornou realidade. E agora trabalho para levar mais desenvolvimento para Rio Grande da Serra e para que a população tenha orgulho de morar aqui.

 
Rio Grande da Serra
Linha do tempo


1972
Inauguração da sala de leitura “Monteiro Lobato”, semente da futura biblioteca municipal.
Inauguração da sede da Câmara Municipal “Henrique Fonseca Pereira”.

1992
Salva de 21 tiros na Praça Lídia Polone
Missa solene em louvor ao padroeiro, São Sebastião.

2022
Hasteamento das bandeiras, às 8h, na Rua do Progresso, 700, Jardim Progresso.
Missa solene, às 10h, na Matriz São Sebastião, na Praça da Bíblia
Sessão solene às 16h na Câmara Municipal, à Rua do Progresso, 251, Centro.

NOTA DA MEMÓRIA – Que os antigos desfiles em 3 de maio retornem no ano da graça de 2023.

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Quarta-feira, 3 de maio de 1972 – ano 14, edição 1832

RIO GRANDE DA SERRA – Cidade festeja oito anos de emancipação envolvida em dificuldades oriundas de seu baixo orçamento, mas, como diz o prefeito Geraldino Loti Filho, cheia de esperanças, “baseadas nas excelentes condições naturais”.

SÃO CAETANO – Anúncio publicitário: “São Caetano ficou tão grande que nem precisa endereço. Passando pela Ducal, você logo vê a Avenida Francisco Matarazzo”.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Domingo, 3 de maio de 1992 – ano 33, edição 8063

MANCHETE – INSS atrasa liberação de aposentadoria há nove meses. Órgão diz que começa a pagar os novos benefícios só a partir de 15 de maio (de 1992).

SÃO BERNARDO – SOS Câmara recolhe assinaturas para salvar o mais antigo prédio da Rua Marechal Deodoro.

RIBEIRÃO PIRES – João Mineiro e Marciano encerram a Festa do Pilar.

EM 3 DE MAIO DE...

1902 – Começa o campeonato da Liga Paulista de Futebol. No parque da Antarctica Paulista, Mackenzie 2, Germânia 1.

 As tropas portuguesas derrotaram os indígenas da Guiné Portuguesa. As aldeias dos indígenas foram em sua maioria destruídas.

SANTOS DO DIA

Filipe e Tiago - A comemoração conjunta dos dois apóstolos tem origem numa tradição: as relíquias dos dois mártires teriam sido levadas de Hierápolis e de Jerusalém a Roma, para repousar na igreja dos Santos Apóstolos.

Alexandre e Antonina (ano 313).

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

No Estado de São Paulo, além de Rio Grande da Serra, aniversariam em 3 de maio: Areiópolis, Bebedouro, Brotas, Catiguá, Cesário Lange, Iracemápolis, Pinhalzinho, Poloni, Santa Cruz da Conceição, Santa Cruz das Palmeiras, Santópolis do Aguapeí, São Francisco e Valentim Gentil.

Pelo Brasil: Barra do Corda (Maranhão); Boa Esperança (Espírito Santo); Braganev, Imbituva e Santa Terezinha de Itaipu (Paraná); Capão do Leão, Fortaleza dos Valos, São Nicolau e Três de Maio (Rio Grande do Sul); Croatá e Tauá (Ceará); Eugenópolis (Minas Gerais); Miracema (Rio de Janeiro); e Reserva do Cabacal e Ribeirão Cascalheira (Mato Grosso).

HOJE
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, data criada em 20 de dezembro de 1993 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Dia do Sertanejo.

Dia do Sol.

Falecimentos 

Santo André

Francisco Alves de Rezende, 100. Natural de Perdões (Minas Gerais). Residia na Vila Valparaíso, em santo André. Dia 1º. Cemitério Municipal de Perdões (Minas Gerais).

Rosa Alves de Oliveira, 100. Natural de Várzea Alegre (Ceará). Residia no Jardim Ipanema, em Santo André. Dia 1º. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Lourdes Bertolini Bosi, 84. Natural de Santo André. Residia no bairro Campestre, em Santo André. Dia 30. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

São Bernardo

Eulina de Barros Souza, 93. Natural de Botucatu (São Paulo). Residia no bairro Baeta Neves, em São Bernardo. Dia 28, em Santo André. Jardim da Colina.

São Caetano

Helena Sebestyen, 100. Natural da Romênia. Residia no bairro Campestre, em Santo André. Dia 1º. Cemitério São Caetano, em Vila Paula.

Adhemar de Nardi, 75. Natural de São Caetano. Residia no Jardim Santa Adélia, em São Paulo, Capital. Dia 25. Cemitério São Caetano, Vila Paula.

Diadema

Adolpho Alves de Oliveira, 93. Residia no Centro de Diadema. Dia 27. Cemitério Municipal de Diadema.

Mauá

Silvia Nóbrega Alba, 87. Natural de Santo André. Residia no Parque São Vicente, em Mauá. Dia 28, em Santo André. Cemitério da Saudade, Vila Vitória.

Ribeirão Pires

Olívia Tondato, 101. Natural de Ribeirão Pires. Residia no Núcleo Colonial, em Ribeirão Pires. Dia 25. Cemitério São José.

José Eduardo Moretti, 68. Natural de Ribeirão Pires. Residia no Parque Aliança, em Ribeirão Pires. Dia 25. Cemitério São José.
 




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