A Copa dos Campeões da Europa promove nesta quarta-feira dois dos maiores clássicos do continente. De olho em uma vaga na próxima fase, a Internazionale enfrenta o Milan (ambos da Itália) e o Chelsea (Inglaterra) pega o Bayer de Munique (Alemanha).

Como na rodada desta terça-feira, um minuto de silêncio está previsto tanto em Milão quanto em Londres, como homenagem ao Papa João Paulo II, morto no sábado. "Ele era uma pessoa singular, que combateu guerras, a fome e as doenças. Era a personagem mais importante do mundo", destacou o brasileiro Cafu, lateral do Milan, no site do clube na Internet. A direção da equipe fez questão de homenagear o Papa.

No âmbito puramente esportivo, apesar do descanso por causa dos jogos das seleções e com a suspensão da rodada devido à morte de João Paulo II, o Inter não contará com alguns de seus melhores atletas. Sua estrela brasileira, o atacante Adriano, machucado no joelho, já se prepara para a partida de volta, enquanto o goleador italiano Christian Vieri deve ficar no banco.

Estas ausências parecem importantes se for levado em conta que enfrentarão a defesa do Milan, que somente levou cinco gols nos encontros da Liga dos Campeões. "O Milan é o Milan. Temos de reconhecer que são os favoritos", admite Dejan Stankovic do Inter, que está em terceiro lugar do Campeonato Italiano, 16 pontos atrás do líder Milan.

Por sua vez, o Chelsea não precisa se esforçar para impressionar. Após eliminar nas oitavas-de-final o Barcelona (4-2) no estádio de Stamford Bridge, o clube de Londres mantém a liderança da Premier League com 13 pontos de vantagem sobre o Arsenal e o Manchester United.

O Bayern, líder da Bundesliga com 56, possui no seu histórico da Copa dos Campeões a eliminação de uma equipe inglesa: o Arsenal nas oitavas-de-final (3 a 1e 0 a 1).

O atacante holandês Roy Makaay deve jogar. O atleta é autor de sete gols na Liga dos Campeões, mas luta contra problemas musculares.

No time inglês, a ausência mais notável é a de outro holandês, Arjen Robben, além do técnico José Mourinho, suspenso por duas partidas.

O treinador português foi condenado pela União Européia de Futebol (Uefa) devido a incidentes ocorridos no final da partida de ida das oitavas-de-final em Barcelona (derrota 2 a 1), no dia 23 de fevereiro. Mourinho acusara seu colega holandês do Barça, Frank Rijkaard, de ter ser reunido com o árbitro da partida, o sueco Anders Frisk, durante o intervalo.