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Atentado contra embaixada russa mata um e fere seis em Beirute
Do Diário do Grande ABC
03/01/2000 | 15:33
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Indivíduos nao identificados atacaram com lança-granadas a embaixada da Rússia em Beirute, nesta segunda-feira, matando um policial e ferindo seis transeuntes. Um dos atacantes foi morto por seguranças, informaram as autoridades.

Um diplomata russo disse que nao havia cidadaos de seu país feridos no ataque. Andrey Avdeev acrescentou que houve apenas danos materiais na seçao consular.

Soldados e policiais libaneses em veículos blindados e caminhoes inspecionaram a área pouco depois do ataque, ao meio-dia (8h de Brasília) na movimentada Praça Mazraa. As tropas cercaram os prédios e isolaram as ruas próximas enquanto procuravam os atacantes, que escaparam sob uma chuva forte. Na área do ataque foram ouvidas rajadas de tiros.

Os soldados mandaram os moradores da área ficar em casa e ordenaram que os comerciantes fechassem as lojas. Os cordoes de isolamento da área foram retirados duas horas depois.

Um atacante que tinha lançado quatro granadas e disparado com um fuzil automático de um prédio vizinho à embaixada foi morto pelas forças de segurança que invadiram o local onde ele estava, disse a polícia, que apreendeu um lança-granadas, um fuzil AK-47 e muniçao.

Mais tarde, a televisao libanesa identificou o atacante morto como o palestino Ahmed Rahja Abou Kharroub, que tinha consigo uma declaraçao dizendo: ``Em sacrifício pela Chechênia'. Segundo a rádio Voz do Líbano Livre, a declaraçao era intitulada ``Apelo por Grozny'.

Esse ataque, o mais grave contra uma missao diplomática no Líbano desde o fim da guerra civil de 1975-90, ocorreu enquanto a Rússia promove campanha militar contra os rebeldes da república separatista da Chechênia.

A zona de Mazraa é o setor muçulmano de Beirute, onde os extremistas simpatizam com os muçulmanos da Chechênia que resistem à ofensiva russa.

Ninguém se responsabilizou pelo ataque.

Os militantes muçulmanos libaneses que se opoem à campanha militar russa no Cáucaso promoveram protestos contra Moscou e arrecadaram dinheiro para os chechenos.




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