A Prefeitura de Mauá reabriu ontem o salão do Restaurante Popular, na Rua General Osório, 144, na Vila Bocaina. Desde o começo da pandemia, por questões de segurança, o espaço não era usado, sendo entregues apenas marmitas no local. Ontem, o equipamento voltou a funcionar das 11h às 13h30, com refeições sendo vendidas ao valor unitário de R$ 2.

O restaurante passa a abrigar também o programa Jantar Popular, que vendia marmitas no período noturno no terminal central, mas que, diante do avanço das obras da nova estação, passará a ofertar as marmitas no Restaurante Popular, das 17h às 18h30, também a R$ 2.

Pouco antes da reabertura, fila com cerca de 50 pessoas se formou na porta do equipamento. A primeira refeição contou com arroz, feijão – a guarnição era macarrão ao sugo –, frango assado como prato principal e suco sabor manga. De sobremesa foi oferecido curau.

Jorge Cardoso, 54 anos, está desempregado e aproveitou. “Quando tenho dinheiro almoço aqui. Antes pegava marmita e ela vinha fria. Agora tomara que melhore, já que você escolhe o que quer comer”, diz.

Ester Silva, 66, aposentada, também estava no local antes mesmo de abrir. Ela também relata dificuldades com a marmita e, por esse motivo, parou de frequentar o lugar por muito tempo. “Às vezes você tem tanta coisa para fazer, pegar marmita e demora até chegar em casa. Tem gente que almoça na rua, mas aí não dá”, relata.

Se para uns a reabertura do salão veio no momento certo, para outros, não. Hamilton França, 63, segurança, admite que gostaria que as marmitas continuassem. Segundo ele, o horário de início, às 11h, é muito cedo para almoçar.

Leda Cláudia da Silva, 66 anos, é funcionária pública e deficiente visual. Apesar de relatar que o lugar é ótimo para refeições e que os funcionários são sempre gentis com ela, admite que preferiria que as marmitas continuassem a ser disponibilizadas. “Hoje (ontem) vou comer aqui, mas acho cedo para almoçar”, conta ela, que pretende pegar as marmitas do Jantar Popular para almoçar no dia seguinte, no horário que julga ser mais adequado.

Segundo a nutricionista da Prefeitura Camila Cristina, encarregada do Restaurante Popular, a possibilidade de fornecer as marmitas no almoço não está sendo debatida. “Além de oferecer refeição com qualidade, a gente quer que eles tenham essa possibilidade de retorno ao convívio social. Muitas vezes, as pessoas pegavam a marmita e acabavam indo comer na calçada e não é esse o intuito do Restaurante Popular. Além de fornecer a refeição adequada, também queremos trazer esse convívio social”, conta Camila.

O Restaurante Popular forneceu, em média, 1.000 refeições por dia na pandemia. Agora, com o retorno do salão e a adição do Jantar Popular, a expectativa é que os números dupliquem. O restaurante conta com equipe de 12 funcionários.