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Dia Mundial do Rim
Dr. Herculano Ferreira Diniz
10/03/2022 | 08:06
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1 – Hoje é celebrado o Dia Mundial do Rim. Qual a importância desta data?

A data foi criada em 2006 pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN). Ela é celebrada na segunda quinta-feira do mês de março e o objetivo é promover ações voltadas para a prevenção da DRC (Doença Renal Crônica) em todas as nações do mundo.

2 – O que pode causar insuficiência renal aguda ou crônica?

Nos casos de insuficiência renal aguda, a principal causa é a sepse, processo inflamatório causada por uma infecção. Nos pacientes mais graves com diagnóstico de Covid-19, por exemplo, não é incomum o aparecimento de insuficiência renal aguda também. Na insuficiência renal crônica as causas mais comuns são: diabetes, pressão alta, infecção urinária de repetição, nefrites e doenças císticas renais hereditárias (ex.: doença renal policística).

3 – Quantas pessoas no Brasil sofrem de algum tipo de disfunção renal?

Cerca de um a cada dez brasileiros é portador de algum grau de doença renal. Ou seja, cerca de 10% da população apresenta alguma disfunção renal, sendo que a maioria não apresenta sintomas, que são mais evidentes nas fases mais avançadas da doença. Os sintomas, em geral, começam a aparecer quando restam apenas cerca de 20% da função renal.

4 – Quem deve procurar a ajuda e o acompanhamento de um nefrologista?

Além dos portadores das condições clínicas mais comumente associadas à insuficiência renal crônica, qualquer pessoa com alteração da função renal, perda de sangue ou proteína identificadas em exame de urina. 

5 – Quais são as recomendações para se evitar a doença renal?

Cuidar da saúde como um todo ajuda a proteger a saúde dos rins. As práticas recomendadas incluem: evitar o excesso de sal, carne vermelha e gorduras; controlar o peso e a pressão arterial; controlar o colesterol e a glicose; não fumar e evitar o abuso de bebida alcoólica; praticar atividade física; não usar medicamentos sem conhecimento médico; e, uma vez por ano, realizar exames como dosagem de creatinina e análise da urina para avaliar a saúde dos rins.

6 – O Hospital Brasil inaugurou recentemente uma clínica com sede própria especializada em nefrologia. O que ela oferece?

O Hospital Brasil oferece uma linha de cuidados completa para o paciente renal tanto no ambiente hospitalar como no ambulatorial. Isso se dá desde a consulta com especialistas e a realização de exames até o acompanhamento frequente do paciente. A clínica de nefrologia, vizinha ao hospital, oferece estrutura única no País. Possui uma equipe multiprofissional especializada para o atendimento tecnicamente adequado, humanizado e acolhedor ao paciente com doença renal crônica e disponibilidade de insumos e tecnologia de ponta para a assistência segura e de qualidade ao paciente em hemodiálise. Além disso, conta com um sistema de purificação de água de ponta, com monitoramento remoto, garantindo um padrão de pureza e segurança no tratamento da água. 

7 – Qual o papel de uma equipe multidisciplinar no acompanhamento do paciente com insuficiência renal crônica?

A equipe multidisciplinar em unidades de hemodiálise conta com médico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista e assistente social. A abordagem multidisciplinar é indispensável devido à abrangência da doença renal crônica e suas implicações físicas, psíquicas e sociais. O nutricionista monitora o estado nutricional do paciente por causa das implicações da doença sobre o apetite e o acúmulo ou deficiência de substâncias nutritivas. Esse profissional também faz a adequação do cardápio à condição clínica e laboratorial do paciente. O psicólogo aborda o impacto da doença sobre a vida do paciente e seus familiares. O sofrimento psíquico demanda escuta, aconselhamento e orientação para elaboração dos problemas e busca do alívio dos sintomas. O assistente social, por sua vez, acolhe o paciente ao primeiro contato com a clínica, orienta sobre as rotinas, estuda as restrições e demandas de acordo com a condição socioeconômica e dinâmica familiar, encaminha para obtenção de recursos disponíveis (isenções fiscais, INSS, ONGs etc) assim como faz o trâmite para possível transplante renal com doador falecido.




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