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Servidores do INSS vão promover ‘apagão’ hoje; agências ficarão fechadas

Movimento será desencadeado no dia em que pauta de reivindicações será entregue a ministro

Da Redação
Do Diário do Grande ABC
09/03/2022 | 00:02
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Celso Luiz/ DGABC


Os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) prometem paralisar suas atividades hoje, em todo o País, como forma de protesto contra o desmonte do órgão, bem como contra o que eles classificam de ‘política excludente de atendimento da população’ que prioriza os canais digitais/remotos (telefone 135 e Meu INSS). 

Segundo o Sinsprev-SP (Sindicato dos Servidores e Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência Social no Estado de São Paulo), que nomemou o movimento como Apagão do INSS, “essa medida atinge os mais vulneráveis, obrigando aqueles que não têm acesso à internet ou dificuldades com o 135, a pagarem para atravessadores realizarem este serviço que, em princípio, é gratuito e deveria ser prestado pelo próprio INSS, como foi durante toda a existência do instituto”.

A data foi escolhida por ser o dia em que as entidades representativas dos servidores terão audiência com o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, e o presidente do INSS, José Carlos Oliveira, para negociar a pauta de reivindicações da categoria.

Entre as solicitações estão a defesa de concurso público para que o atendimento seja prestado por servidores de carreira, lembrando que nos últimos anos mais da metade do quadro de servidores do INSS se aposentou. E a defesa da carreira do seguro social com atribuições específicas e indelegáveis, como garantia de um bom atendimento à população e não sucateamento do órgão.

A categoria também reivindica o turno ininterrupto de atendimento nas agências, das 7h às 17h, e não mais das 7h às 13h, bem como melhoria nas condições de trabalho com substituição dos equipamentos que estão completamente obsoletos e de internet adequada para gerir todo o sistema. “O sucateamento do parque tecnológico do INSS corrobora com um atendimento lento e, muitas vezes, impede que os servidores realizem seu trabalho durante uma boa parte do dia”, afirma o sindicato.

A pauta de reivindicações também inclui a rediscussão das metas e processos de trabalho de forma que a análise e reconhecimento de direitos não sejam transformados numa linha de produção e, consequentemente, garantindo uma melhor qualidade de análise.

Os servidores do INSS, junto com os demais servidores públicos federais, pedem reposição salarial e já aprovaram o indicativo de início de greve geral por tempo indeterminado para o dia 23, caso não haja negociação efetiva. 




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