Esportes Titulo
Muricy se defende e critica postura da torcida tricolor
Felipe Munhoz
Especial para o Diário
15/09/2006 | 22:32
Compartilhar notícia


O ano de 2005 foi especial para o São Paulo. O time disputou quatro torneios – Paulista, Libertadores, Brasileiro e Mundial – e ganhou três. Já neste ano, parte desta história se repetiu, o Tricolor esteve em três decisões mas, com a derrota de quarta-feira pela Recopa Sul-Americana diante do Boca Juniors, quinta-feira, alcançou o saldo negativo de três vices. Agora, todo o crédito acumulado no último ano perante a torcida, parece ter acabado, e como orienta a “cultura nacional”, o culpado foi escolhido: o treinador Muricy Ramalho.

“Se alguém de outro país observar isso, não vai entender nada. A Alemanha chegou em terceiro lugar na Copa e todos festejaram. Ou será que eles estão errados? Acho que meu trabalho é bom”, defendeu-se o técnico.

O treinador acredita que os resultados negativos são conseqüências do trabalho. “Um time que está acostumado a vencer e passa a não ganhar, as críticas são normais. Até que jogamos bem contra o Boca, mas não vencemos. Aceito naturalmente, principalmente porque o futebol não muda”, disse.

Para o futuro, Muricy Ramalho confessa que ainda terá muito trabalho no São Paulo. Neste domingo, o clube atua contra outra pedreira: o Internacional, às 16h, no Morumbi. Para completar, jogadores como Aloísio e Leandro devem continuar de fora e se juntam aos suspensos Souza e Richarlyson como desfalques.

“Tínhamos até um bom plantel para superar as dificuldades. Mas perdemos o André Dias devido ao problema na Justiça e agora os dois atacantes (Leandro e Aloísio) que são muito importantes. Demos muito azar. Assim passamos a perder o nosso forte, o conjunto”, lamentou.

Lamentável – Rogério Ceni somou uma atitude inusitada à sua carreira. Ainda no calor da perda do título, ao empatar com o Boca Juniors no Morumbi, ele perdeu a cabeça e, logo depois da premiação, jogou sua medalha de prata da Recopa para as arquibancadas.

O presidente da Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol), Nicoláz Leoz, evitou polêmicas ao ser informado sobre a atitude do goleiro. “Não vi ele fazendo isso. Quando conversamos, o Rogério apenas me abraçou e me agradeceu”, minimizou.

O gesto do capitão tricolor pode ser mais um reflexo do atual momento da equipe. Sexta-feira, a torcida voltou a vaiar Muricy Ramalho. (Com Agências)
(Supervisão de Marcelo Camargo)



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;