Cerca do equipamento foi cortada e resíduos são queimados no local, afugentando cobras da mata
Morar perto de um parque deveria ser um grande atrativo nas cidades, ainda mais em Diadema, um dos municípios que contam com uma das mais altas densidades demográficas do País. No entanto, moradores da Rua Alfenas, no bairro Campanário, via que está situada ao lado do Parque Estadual Fontes do Ipiranga, têm convivido com o descarte irregular de lixo em uma área do equipamento onde a cerca foi cortada. Além do mau cheiro causado por resíduos, não raro alguém coloca fogo no material, o que tem feito com que algumas cobras invadam as residências do entorno.
A presidente do Clube de Mães do Jardim Amália e líder comunitária na região, Maria Aparecida Flaviano Gomes, 60 anos, relatou que bem em frente ao local da cerca que foi quebrada existe uma escola e que os pais têm medo tanto de que cobras saiam do local fugindo do fogo e entrem na unidade escolar, quanto que o local seja usado como esconderijo para alguém que possa praticar alguma prática delituosa. “A Prefeitura tem mantido a calçada limpa, mas dentro do parque eles não podem mexer”, argumentou a munícipe.
Segundo a moradora, o problema já se arrasta há mais de um ano. “Temos fotos de cobras que foram parar dentro das casas das pessoas”, completou Cida. “Elas não suportam o calor do fogo e acabam fugindo, mas algumas ficam presas na cerca e morrem”, lamentou a líder comunitária.
Por meio de nota, a Sima (Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), por meio da CPP (Coordenadoria de Parques e Parcerias), informou que a equipe de manutenção de áreas verdes do parque já está realizando a roçada da área interna no Parque Estadual Fontes do Ipiranga.
Segundo o comunicado, estão sendo tomadas as medidas necessárias para a recolocação dos alambrados danificados e a retirada do entulho depositado na Rua Alfenas. “Ressaltamos ainda que rondas periódicas estão sendo realizadas com a ajuda do 2º Batalhão da Polícia Ambiental a fim de inibir ações de descarte irregular”, concluiu a nota.
A Prefeitura de Diadema explicou que por ser uma área estadual não pode atuar no problema, mas destacou que se coloca à disposição daquela comunidade no sentido de procurar uma solução para o problema.
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