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SOS Carlos Gomes O lanterninha impertinente. E a preocupação do professor Andrade.

A série sobre a história do mais antigo cinema do Grande ABC tem repercutido, e são várias as manifestações, entre elas a luta do Gipem que não pode ser esquecida

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
26/01/2022 | 05:38
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Memória publicando notícias sobre a reinauguração do Carlos Gomes. É o passado voltando. Virão mais memórias, pois a memória dos antigos moradores está vinculada a esse cinema”.
Alexandre Takara, professor, orientador desta página Memória.

 
Final feliz
Texto: Vanderlei Retondo

Ao acompanhar o material enviado para a página Memória pelo comendador Carlos Manias Neto, sobre o Cine-Teatro Carlos Gomes, algumas lágrimas de saudade se fizeram presentes em meus olhos, assim como grandes recordações.
Lembro-me...
das confortáveis poltronas, creio que em couro, pois exalavam aquele cheiro característico;
das badaladas da campainha que anunciavam o inicio das sessões;
das matinês, onde eram exibidos dois filmes; precedidos pelo inconfundível Canal 100 e por um curto seriado;
das cortinas bordô que se abriam ao final do terceiro toque da campainha, exibindo a tela de projeção.
Não poderia me esquecer de figuras emblemáticas da época, como a de um senhor com seus cabelos, bigode e sobrancelhas muito brancos, sempre trajando um impecável terno azul Royal cuja função era a de conferir, recolher e picar os ingressos adquiridos nas bilheterias, permitindo dessa forma, nossa entrada no cinema...
...e a do lanterninha, cuja função era a de acompanhar quem chegasse após o inicio da sessão, até lugares disponíveis na plateia, iluminando o trajeto com seus faroletes.
Outra atividade não tão nobre do lanterninha e já nas sessões noturnas, era a de fiscalizar, direcionando o foco de sua lanterna aos casais que, no escurinho do cinema e assim como no filme, procuravam um final feliz.

ANÚNCIO. Ninguém acreditava quando Alexandre Takara dizia que havia uma bomba de gasolina na Rua Coronel Oliveira Lima. Este anúncio do boletim do Carlos Gomes que Memória descobriu vem comprovar a boa memória do nosso professor

Crédito da foto 1 – Acervo: Carlos Manias Neto (em Memória)

Uma Brasilia avermelhada
Texto: Antonio de Andrade 

Lendo a Memória de hoje (sábado, 22, “Uma retrospectiva da Memória de 1991”) levei um susto: 30 anos? Incrível como o tempo passa.

Pensar que mais de três décadas se passaram até conseguirmos ver concretizado um de nossos objetivos: o Carlos Gomes. É uma vitória e tanto e espero que, quando da inauguração, sejam relembrados aqueles companheiros que saíram pelas ruas de Santo André colhendo assinaturas pela salvação do patrimônio prestes a ser destruído.

Fosse a única conquista bastaria, com toda certeza,  para  justificar a existência do Gipem e que continua vivo pelo fato de, por princípio,  não ter se transformado em mais uma entidade física burocratizada.
Foi, e é, nada mais que uma simples ideia, um principio, um exemplo de cidadania.

O Grupo Independente de Pesquisadores da Memória sobrevive como sobrevivem os bons e valiosos  exemplos que herdamos de nossos antepassados.
Agradeço de coração pela generosidade de sua coluna de hoje. Lembrei-me do final de 1991 quando fizemos um encontro comemorativo na Pizzaria San Marco em Santo André e que foi gravado em uma daquelas antigas fitas de VHS.

Procurei e encontrei. Lá estão queridos parceiros do Gipem que já se foram. São muitos. Temos inclusive um "discurso" do Paschoalino reafirmando os princípios
do Gipem.

As imagens estão esvaecidas, mas é um belo documento. Está à disposição da Memória. Usei o celular e fotografei, na tela do meu computador, algumas imagens que remetem à sua memória (inclusive uma Brasília meio avermelhada).

 
PERÓLAS - Eles leem Memória

“Precisa-se de um carregador, para transportar uma consciência pesada. Paga-se bem. Enviar resposta pelo e-mail: 000000@0000 gmail. com.”
Alexandre Takara, acrescentando uma frase à série “Fotografia”, da revista temática “Cabeça Temática”, cf. Memória, sexta-feira, 21 de janeiro.

“Roberto Luna, magnífico cantor-relógio. Nome verdadeiro: Waldemar Farias. Era mecânico”.
José Carlos Soares de Oliveira, comentando a presença de Roberto Luna no programa de José Clovis, pela Rádio Emissora ABC (cf. Memória, sábado, 22 de janeiro.


DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Quarta-feira, 26 de janeiro de 1972 – Ano 14, edição 1750

MANCHETE – Presidente Richard Nixon pode ordenar a retirada das tropas norte-americanas do Vietnã.

EDUCAÇÃO – Ministério reconhece cursos da Fundação Santo André. Autorizada a funcionar em 1965, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da FUABC recebeu o reconhecimento do governo federal. São 1.752 alunos matriculados.

EM 26 DE JANEIRO DE...

1902 – Do correspondente do Estadão na Estação Rio Grande (da Serra): apesar do mau tempo, realizou-se com regular concorrência no dia 20 a festa de São Sebastião.
Os infalíveis jogadores, empecilhos em todas as solenidades religiosas (graças ao consentimento das autoridades) fizeram-se representar por uma turma de portadores de jaburus, loterias, rodinha da fortuna, roda de búzio e outras tantas ladroeiras, verdadeiro sorvedouro dos cobres dos incautos.
Como o estado chuvoso não permitisse, não puderam armar suas tendas: permaneceram no restaurante, onde os mesmos fizeram jogos.
Os mais caiporas foram os do circo de cavalinhos, que só puderam dar um espetáculo, isto mesmo depois da festa e com diminuta concorrência, devido a pouca confiança que se tinha no tempo chuvoso.
São festeiros para 1903 o Sr. André Magini e dona Antonia Maria dos Santos.

1917 – Visita a Estação de São Bernardo, hoje Centro urbano de Santo André, o dr. Jeremias Marcondes de Avellar, juiz de direito em Minas Gerais.

1932 – O médico Aron Galante nasce em Santos. Formado pela Faculdade Paulista de Medicina em 1958. Faz uma carreira médica em São Bernardo e Diadema. Na política, foi vereador, presidente da Câmara e prefeito de São Bernardo entre 1983 e 1988.

1957 – Inaugurado o planetário do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

1967 - Chuvas matam quatro pessoas na região.

1987 - Anunciado um novo presidente para a Scania, indústria sediada na Vila Euro, em São Bernardo: Arne Karlsson.


MUNICÍPIOS BRASILEIROS
Hoje é o aniversário de Santos. O povoado tem sua origem relacionada com a chegada dos primeiros colonizadores portugueses, na expedição de Martim Afonso de Souza. Este veio a distribuir, entre os fidalgos que o acompanhavam, as terras ao redor da Ilha de São Vicente. Dentre eles estava Brás Cubas, oficialmente o fundador de Santos, elevado à vila em 1545.

Pelo Brasil: hoje é o aniversário de 26 municípios no Piauí, entre os quais: Barra d’Alcântara, Brejo do Piauí e Currais; no Paraná, Fazenda Rio Grande; no Rio Grande do Sul, Lajeado; e no Espírito Santo, Nova Venécia.


SANTOS DO DIA
Timóteo
Tito
Paula Romana

Falecimentos 

Santo André

Jozefina Rodrigues da Silva, 95. Natural de Pão de Açúcar (Alagoas). Residia no Jardim Alzira Franco, em Santo André. Dia 21. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Joaquina do Carmo Alberto, 94. Natural de Portugal. Residia no bairro Jardim, em Santo André. Dia 21. Memorial Jardim Santo André.

Maria Corrêa Valdoski, 93. Natural de Jacupiranga (São Paulo). Residia na Vila Guiomar, em Santo André. Dia 20, em Santo André. Cemitério da Saudade, em Registro (São Paulo).

São Bernardo

Lair Gabriel Rezende, 89. Natural de Campinas (São Paulo). Residia no bairro Cupecê, em São Paulo, Capital. Dia 18, em São Bernardo. Cemitério Campo Grande, em Santo Amaro, Capital.

São Caetano

Nair Fiamengui Segantine, 92. Natural de Bocaina (São Paulo). Residia no bairro Oswaldo Cruz, em São Caetano. Dia 19. Cemitério das Lágrimas.

Diadema

Avani Pereira de Sousa, 89. Natural de Iguaí (Bahia). Residia no bairro Serraria, em Diadema. Dia 19. Vale da Paz.

Almerinda Plácida da Silva, 87. Natural de Conselheiro Lafaiete (Minas Gerais). Residia no Jardim Rey, em Diadema. Dia 19. Crematório Unidas, em Piracicaba (São Paulo).

Mauá

Amália Ramos de Oliveira, 82. Natural de São Paulo, Capital. Residia no Jardim Vera Cruz, em São Paulo, Capital. Dia 17, em Santo André. Vale dos Pinheirais.

Ribeirão Pires

José Antonio da Fonseca, 70. Natural de Montes Claros (Minas Gerais). Residia na Vila Bocaina, em Ribeirão Pires. Dia 12. Cemitério São José. 




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