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Santo André terá hospital veterinário até o fim do ano

Equipamento público com foco em animais vítimas de maus-tratos será construído a partir de fevereiro no bairro Paraíso

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
24/01/2022 | 00:38
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Celso Luiz/DGABC


Santo André vai ganhar ainda em 2022 o primeiro hospital veterinário da cidade. O equipamento será erguido anexo ao Parque Central, ao lado da Sabina Escola Parque do Conhecimento, na Rua Juquiá, bairro Paraíso, e terá dois andares para atendimento gratuito de cães e gatos em emergência, cirurgias e castrações. O custo da obra é de R$ 2,8 milhões, pagos com recursos do FMDU (Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano), gerido pelo CMPU (Conselho Municipal de Política Urbana), com o acompanhamento e supervisão da Secretaria de Meio Ambiente por meio da diretoria de Bem-Estar Animal.

A expectativa é que a ordem de serviço para o início das obras seja assinada pelo prefeito Paulo Serra (PSDB) no início de fevereiro e que tudo fique pronto até dezembro. “Essa era demanda antiga de nossa gente e que agora sairá do papel. A inauguração do hospital veterinário significa mais qualidade de vida para os animais, e também faz com que a nossa cidade fique mais humana. A prioridade do equipamento será cuidar dos animais vítimas de maus-tratos e abandono e, por isso, estamos em contato com diversas organizações que realizam trabalhos nesse sentido”, explica Paulo Serra, que adotou um cachorro vítima de maus-tratos e que por conta das agressões vive com traumas. “O Fred tem 4 anos e mesmo com muito amor e cuidado ele ainda é muito traumatizado com tudo que passou, por isso precisamos garantir a segurança dos nossos bichinhos”, acrescenta.

Os recursos para a construção do hospital veterinário já estão liberados, como explica o superintendente da Upae (Unidade de Planejamento e Assuntos Estratégicos), José Police Neto. “A verba é oriunda das outorgas onerosas que foram pagas pela iniciativa privada à cidade para que tivessem o direito de construir até o limite máximo do coeficiente de aproveitamento. Isto é, as incorporadoras e construtoras compraram da Prefeitura esse usufruto para a realização de seus negócios, portanto, é investimento gerando investimento”, diz. “Nesta mesma lógica, também serão financiados pelo FMDU as obras de revitalização do Teatro Conchita de Moraes e o novo restaurante Bom Prato da Vila Luzita”, complementa Police.

Com um total de 710 metros quadrados previstos para serem construídos, o hospital veterinário ficará localizado ao lado do Parque Central, que sedia diversos eventos em prol da causa animal, como o Programa Moeda PET, no qual as pessoas podem trocar um quilo de garrafas PET por um quilo de ração, e também a feira de adoção Eu amo, eu Adoto, que na última edição, no sábado, ajudou a encontrar um lar para 17 animais.

O equipamento contará com seis salas de internação, três consultórios, duas salas de pré-cirurgia e cirurgia, 13 gatis e canis com solarium, salas para adoção de pets, banho e tosa, abrigo de ração e depósito. O equipamento terá, ainda, espaços para ultrassonografia, raio X, esterilização, expurgo, ambulatório e farmácia. Além disso, haverá recepção, sanitários, copa, elevador e salas de administração, secretaria e diretoria.

“Nosso projeto arquitetônico garantirá excelência de atendimento aos pets e seus tutores, e nasceu de muito diálogo com especialistas e veterinários, inclusive com a vereadora Ana Veterinária (DEM), que contribuiu com a primeira versão da planta. Mais do que isso, o hospital prestará um serviço inédito na cidade, caro para a maioria das pessoas, e muito solicitado pela população”, afirma Diego Cabral, da Upae, um dos responsáveis pela articulação do projeto junto às secretarias de Meio Ambiente, Saúde, Manutenção e Serviços Urbanos, além de médicos-veterinários e acadêmicos.

O hospital veterinário municipal será erguido pela andreense FIG Incorporadora e Construtora, que venceu o certame do qual participaram mais de dez empresas. Para a gestão do equipamento, a Prefeitura ainda estuda a possibilidade de abrir processo público para contratação de uma organização social ou associação veterinária. “Também buscamos parcerias público-privadas ou convênios com grupos educacionais que, além de gerenciar o espaço com expertise, possam transformá-lo em um centro de referência veterinária para todo o Grande ABC”, completa Diego.




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