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O futebol de São Caetano. Descobrindo o Maurinho. Uma troca de passes rumo ao gol...

Quarta-feira passada Memória fez um apelo público aos historiadores do Memofut (Grupo Literatura e Memória do Futebol): quem foi o Maurinho, da Associação Atlética São Bento, de São Caetano, convocado em 1957 para a Seleção Paulista? Seria o mesmo Maurinho que, à época, brilhou no São Paulo FC? Acompanhem o bate-bola e as boas informações e ilustrações que chegaram quase que instantaneamente. Grande é o Memofut...

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
11/01/2022 | 05:08
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O Maurinho da foto não é o mesmo Maurinho da Seleção Brasileira, que já em 1953 houvera sido campeão paulista pelo São Paulo, feito repetido em 1957. O Maurinho da foto era um defensor. O outro Marinho (Mauro Raphael) foi originalmente ponteiro-direito, atuando ocasionalmente como ponteiro-esquerdo. Um bom jogador, que deu muito azar. Enfrentou a concorrência de Julinho Botelho, inicialmente, e depois de Garrincha. Páreo duro.
Riquetto, de Santo André.

Pelo que pesquisei, são dois Maurinhos. O Maurinho do São Paulo jogou ininterruptamente pelo clube de 1952 a maio de 1959, tendo feito 55 partidas e 23 gols pelo Tricolor em 1956, incluindo jogos pelo Campeonato Paulista daquele ano. Ele, inclusive, atuou no jogo decisivo Santos 4 x 2 São Paulo, de 3 de janeiro de 1957.
Gustavo Carvalho

O Gustavo já esclareceu. Acrescento, apenas, que jogavam em posições diferentes. O Maurinho do São Paulo era ponta-direita e o do São Bento era lateral-direito. 
Moacir Andrade Peres

Segundo a “Folha de São Paulo” de 6 de janeiro de 1957 (domingo), conforme informações do técnico Aimoré Moreira, os dois Maurinhos treinariam naquela tarde em Atibaia no time B da Seleção Paulista para a disputa da fase final do Campeonato Brasileiro de Seleções de 1956.

O time B foi superior e ganhou por 3 x 1 com Maurinho fazendo um gol em cada tempo. Este Maurinho que fez os dois gols foi o ponta-direita do São Paulo, embora o Maurinho II tenha sido elogiado por sua performance no treino.
Precisamos saber se os Maurinhos foram relacionados em algum dos seis jogos da Seleção Paulista. Entrar em campo, não entraram. 
Humberto Sérgio Mariano

Não sei se todos conhecem, mas seguem dois links da maioria das fichas técnicas dos jogos das Seleções Paulista e Carioca, facilitando a eliminação das dúvidas, ainda mais por ter sido perguntado qual Maurinho teria atuado em determinada partida.
Maurício Sabará Markiewicz

Realmente são dois Maurinho. Um, lateral-direito (o do São Bento), o outro, ponta-direita que jogou no São Paulo. Conversei há pouco com o goleiro Aldo, 86 anos, que jogou na AA São Bento até 1957. Depois ele foi jogar no Corinthians Paulista. Ele confirmou que o Maurinho do São Bento foi convocado para a Seleção Paulista. E disse que chegou a jogar contra o Maurinho do São Paulo, “um bom ponta-direita”. Aldo disse que o Maurinho do São Bento foi para o Palmeiras, sem brilhar. Depois, Aldo não teve mais contato com ele. Sobre a foto do São Bento publicada na quarta-feira, o jogador que falta mencionar é o Antoninho.
Luiz Romano
 
A partir da informação do Romano, verifiquei no “Almanaque do Palmeiras”, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti, e consta um Maurinho que jogou no clube 54 partidas entre 1957 e 1958 (49 partidas em 1957 e 5 em 1958), e fez um gol pelo clube. O nome dele (deve ser o Maurinho do São Bento) é Mauro Silva Carrelhas.
Gustavo Carvalho

O Maurinho (Mauro Silva Carrelhas) do Palmeiras era meia. Posso estar enganado, mas penso não ser o mesmo jogador do São Bento.
Moacir Andrade Peres

O "nosso" Maurinho, segundo levantamento que fiz com base nas informações do livro histórico-estatístico do Comercial FC (Julio Bovi Diogo e Rodolfo Pedro Stella Junior), atuou pela AA São Bento nas temporadas de 1955 e 1956. Vestiu 56 vezes a camisa alviceleste e fez três gols. Fez sua última partida pela equipe são-caetanense no Estádio Anacleto Campanella no dia 30 de dezembro de 1956, derrota por 3 a 2 para o Taubaté, partida válida pelo Campeonato Paulista.
Num recorte do jornal “A Gazeta Esportiva” consta que ele era médio-volante.  Contra o São Paulo FC, com o ponta Maurinho em campo, ele jogou duas vezes. Curioso que no dia 13 de junho de 1956, vitória tricolor por 3 a 2, os Maurinhos ajudaram suas equipes com um gol.
Renato Donisete

Apesar da notícia de “A Gazeta Esportiva”, penso que ele era mesmo lateral-direito, ou médio-direito, como referido à época. 
Moacir Andrade Peres

Seguem algumas fotos do Maurinho que eu tenho arquivadas. São do acervo do Sr. Aldo Malagoli (o goleiro Aldo). Pelo que vi, o Maurinho é bem parecido com o indicado pelo Humberto no site “Verdazzo”.
Renato Donisete

Vamos viabilizar a ida do Aldo para uma das próximas reuniões do Memofut.
Alexandre Andolpho Silva, coordenador do Memofut

Vai ser muito bom receber o Sr. Aldo!
Renato Donisete

NOTA DA MEMÓRIA – Gratidão, amigos do Memofut. Prezado leitor, como se observa, o Maurinho da AA São Bento, de São Caetano, vai sendo (re) descoberto. No “face” da Memória (vide endereço acima) estamos relacionando os links citados pelo Maurício, pelo Humberto e pelo Renato.

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Terça-feira, 11 de janeiro de 1972 – edição 1737

MANCHETE – Paulo VI pede fim da corrida armamentista.

EM 11 DE JANEIRO DE...

1922 - Fundado, em São Caetano, o Grêmio Recreativo Ideal, que depois adotaria o nome de Clube Comercial.

HOJE
Dia do controle da poluição por agrotóxicos.


SANTOS DO DIA
Higino

Teodósio

Tomás de Cori

Honorata

Falecimentos  

Maria Odila Figueiredo Nicolau de Pietro
(São Bernardo, 6-6-1952 – 5-1-2022)

A psicóloga Maria Odila Figueiredo Nicolau de Pietro tem laços históricos com a cidade de São Bernardo. Aqui ela nasceu, estudou, trabalhou, constituiu família, amava os animais e tinha uma relação direta com a autonomia da cidade.
Seu pai, o médico Gabriel Nicolau, foi uma das lideranças do movimento de emancipação de São Bernardo, em 1944, quando a cidade separou-se em definitivo de Santo André, recuperando sua autonomia.
O marido de Dona Maria Odila, Amaury Paschoal de Pietro, carinhosamente conhecido por “Baco”, foi diretor da estatal Emplasa.
Dona Odila, que herdou o nome da mãe – Odila Figueiredo Nicolau – parte aos 69 anos. Deixa dois filhos, Gabriel e Cristina. Foi sepultada no Cemitério de Vila Euclides.
Colaborou: Junior Cheid.


Santo André

Nancy Soares Lopes, 101. Natural de Ouro Fino (Minas Gerais). Residia no bairro Jardim, em Santo André. Dia 6, em Santo André. Cemitério do Araçá, em São Paulo, Capital.

Tsuyako Ikeda, 100. Natural do Japão. Residia na Vila Lutécia, em Santo André. Dia 7. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

São Bernardo

Valdemiro Rodrigues de Lacerda, 100. Natural de Leopoldina (Minas Gerais). Residia no bairro Taboão, em São Bernardo. Dia 6. Jardim da Colina.

São Caetano

Luzia Magalhães de Oliveira, 88. Natural de Campinas (São Paulo). Residia no bairro Olímpico, em São Caetano. Dia 5. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Diadema

Virginia dos Santos, 89. Natural de São Lourenço da Mata (Pernambuco). Residia na Vila Marari, em São Paulo, Capital. Dia 5. Cemitério Municipal de Diadema.

Mauá

Manoel Nicolau de Meneses, 86. Natural de Amontoada (Ceará). Residia na Vila Ema, em São Paulo, Capital. Dia 8, em Santo André. Vale dos Pinheirais.

Ribeirão Pires

Maria da Purificação Santeo Zampol, 99. Natural de São Carlos (São Paulo). Residia na Vila Suíça, em Ribeirão Pires. Dia 5. Cemitério São José. 




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