Política Titulo Eleições 2022
Ex-prefeitos se arriscam nas urnas mais uma vez

Alguns políticos já decidiram quais caminhos vão trilhar, outros ainda articulam;ao menos três não disputarão pleito

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
10/01/2022 | 08:14
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Claudinei Plaza/DGABC


Ex-prefeitos do Grande ABC pretendem retornar às urnas e disputar vagas na eleição que irá ocorrer em outubro próximo. Algumas destas figuras políticas da região já definiram qual vaga disputarão, enquanto outras ainda estão em fase de negociação e articulação para encampar campanha eleitoral. Já os demais decidiram não concorrer a nenhum posto no próximo pleito.

Único ex-chefe de Executivo que já se lançou como précandidato a deputado federal, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) tem apostado em aparecer como pleiteante a uma cadeira no Congresso pelas redes sociais. Na internet, o petista tem postado fotos de reuniões e de conteúdos voltados a atividades políticas. Em sua última empreitada na urna, entretanto, marinho, que foi candidato ao Executivo de São Bernardo, sofreu derrota acachapante para o prefeito Orlando Morando (PSDB), que obteve a reeleição, ainda no primeiro turno. "Minha pré-candidatura se coloca na missão de levar mensagem por mais emprego", avaliou marinho.

Ex-mandatário do Paço de Mauá, Atila Jacomussi (SD) avisou que seu nome deverá estar nas urnas neste ano, mas que ainda não sabe se disputará vaga a deputado estadual ou a federal. Conforme o ex-prefeito, isso deverá ser decidido nos próximos meses. "É quase certeza que estarei nas urnas em 2022, mas ainda falta decidir para qual vaga irei disputar. Tenho boas lembranças de minha atuação como deputado estadual entre 2015 e 2016", recorda ele, quando foi eleito prefeito da cidade. Ainda que mantenha imbróglios jurídicos, atila acredita ser bem possível retornar a Assembleia.

Sumido do cenário político atual, inclusive na cidade que comandou, o ex-prefeito de Diadema Lauro Michels (PV) admite a possibilidade de disputar eleição, mas avalia que ainda é muito cedo para cravar alguma disputa. "Ainda é janeiro, estamos iniciando o ano. Estou em um momento mais família. Recebi convites, até mesmo para me lançar governador, mas sei do meu tamanho", declarou o verde.

Grana, Kiko e Maranhão não estarão nas urnas

Alguns ex-mandatários, entretanto, já decretaram que não estarão nas urnas. Caso do ex-prefeito de Santo André Carlos Grana (PT), que, ao que tudo indica, jogou a toalha. Em 2020, quando concorreu à cadeira de vereador na cidade, o petista não chegou nem perto de uma das vagas na Câmara. Obteve apenas 1.666 votos. O próprio ex-prefeito admitiu que não se deu bem no pleito e que isso também pesou na hora de se lançar candidato. "Realmente fui muito mal na eleição a vereador em 2020. Isso pesou na minha escolha deste ano. Dessa forma, decidi apoiar o projeto de Luiz Marinho", pontuou o petista. Depois que deixou de ser prefeito, Grana caiu no ostracismo dentro do petismo andreense.

Atual secretário de Administração de São Bernardo, Adler Kiko Teixeira (PSDB) declarou que não disputará eleição neste ano e que apoiará a tentativa de reeleição da deputada estadual por São Bernardo Carla Morando (PSDB) e também a empreitada de Taka Yamauchi (PSD), que deverá disputar vaga de deputado federal. "Neste ano não sairei candidato", disse o exprefeito de forma sucinta. Kiko também enfrentou problemas com a Justiça Eleitoral na eleição de 2020 e não teve os votos computados.

Recluso na vida particular desde o ano passado, o exmandatário de Rio Grande da Serra Gabriel Maranhão (Cidadania) também avalia que não estará nas urnas na eleição deste ano. Conforme o exprefeito, duas coisas pesaram para a sua decisão: a primeira é por entender que ele vem de um reduto eleitoral pequeno e a segunda foi o episódio de violência do qual foi vítima.

"Rio Grande da Serra é uma cidade pequena, logo, eu não teria muitos votos. As dificuldades são maiores. Estou em um momento de curtir a vida privada, mas ainda vivencio a política. O episódio (de violência) que fui vítima também me fez tirar o pé. Quero curtir a família", disse. maranhão sofreu tentativa de sequestro no ano passado, quando foi alvejado por um tiro no ombro direito. 




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