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Região ganha 32 mil MEIs entre janeiro e novembro

Nas sete cidades existem 204 mil microempreendedores individuais; cabeleireiro, manicure e pedicure são a maioria

Nilton Valentim
23/12/2021 | 08:21
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Divulgação


Nos 11 primeiros meses de 2021 o Grande ABC ganhou 32.465 novos MEIs (Microempreendedores Individuais) e atingiu a marca de 204.086. O que representa crescimento de 19% em relação a todo o ano passado, quando as sete cidades tinham 171.621. Cabeleireiro, manicure e pedicure formam o principal ramo de atividade, com 15%. Os dados fazem parte de levantamento produzido pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, que detalha o universo dos MEIs nos sete municípios.

O estudo aponta que cerca de 58% dos CNPJs (Cadastros Nacionais de Pessoas Jurídicas) da região pertencem ao regime de MEI. As microempresas são 31% e as EPPs (Empresas de Pequeno Porte) somam 6,6%. Cerca de 58% dos MEIs da região são do setor de serviços (58,5%). Na sequência estão o comércio (23,8%), indústria (10,6%) e construção (7%). A principal atividade MEI na região, bem como em todas as cidades, exercida por cerca de 7,5% do total de microempreendedores(as) é a que compreende as atividades de cabeleireiros, manicure e pedicure, com mais de 15 mil optantes. 

“É vantojoso (ser MEI), porque me permite pagar menos impostos. Com isso, posso investir no negócio, crescer e até gerar empregos”, relata Gustavo Carli, 28 anos, que tem salão de beleza em Santo André.

O crescimento do número de MEIs é visto com cautela pelo coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio. “É reflexo de um mercado de trabalho bem desaquecido e que empurra os trabalhadores a buscarem outras soluções de sobrevivência e aí surge o denominado empreendedorismo por necessidade. Ele (trabalhador) vai buscar uma atividade autônoma para sustentar sua família”, afirma. Diz também que é preciso avaliar os números com cuidado, pois estão diretamente ligados à queda no PIB (Produto Interno Bruto) e à redução de empregos com carteira assinada. “Entre 2009 e 2019 o PIB da região caiu 16%, assim como houve baixa no número de empregos formais. Em 2029 eram 741.111 e dez anos depois, 732.706. Isso resultou em diminuição da massa de renda e forçou o trabalhador a buscar alternativas.” 

São Bernardo, com 63.358, é a cidade com mais MEIs na região. Entretanto, o maior crescimento (22%) foi registrado em Mauá, seguida por Rio Grande da Serra (21%) e Santo André (20%). 




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