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Matriz de Santo André celebra 110 anos de missão e acolhida aos migrantes

Celebração reuniu integrantes de pastorais, movimentos, associações e fiéis na igreja

Da Redação
Do Diário do Grande ABC
22/12/2021 | 00:01
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Celso Luiz/ DGABC


“Acolher, proteger, promover e integrar!” Quatro verbos em favor dos migrantes inspirados na mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado em 2018, recordam a missão e a trajetória da primeira igreja criada na cidade andreense, a Matriz de Santo André, que comemorou 110 anos de história na noite de ontem, durante a celebração eucarística que reuniu integrantes de pastorais, movimentos, associações e fiéis leigos no templo católico localizado na Vila Assunção, bairro da região central de Santo André.

A Matriz de Santo André conserva, desde a sua criação (em 1911, pelo decreto do arcebispo de São Paulo, dom Duarte Leopoldo e Silva), o carisma da Congregação dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos), fundada pelo beato João Batista Scalabrini (1839-1905), no fim do século XIX. 

Esse carisma é sintetizado nas palavras do pároco anfitrião Jean Dickson Saint-Claire, que presidiu a celebração e reproduz também o itinerário centenário da Paróquia Santo André: “Somos sujeitos missionários. Os novos fluxos migratórios nos chamam a atenção. Por isso, a nossa comunidade paroquial é mais do que nunca viva na região, na diocese, como igreja que tem um carisma específico, o carisma da nossa congregação. Cuidar, defender, proteger e celebrar com os imigrantes são o nosso carisma. É o que, com certeza, os primeiros missionários fizeram e, hoje, os mais recentes continuam fazendo”.

Ao fim da celebração, os vereadores de Santo André Pedrinho Botaro (PSDB), presidente da Câmara, e Marcos Pinchiari (PSDB) entregaram placa comemorativa dos 110 anos da Igreja Matriz de Santo André como uma homenagem de todo o Legislativo andreense. Na saída da igreja, uma queima de fogos marcou o encerramento das comemorações. 

Integrante da Pastoral do Migrante, o aposentado Antônio Carlos Botani, 70 anos, frequenta a Matriz desde a infância. “Fui batizado, fiz primeira comunhão, fui crismado aqui, fiz curso de noivos e casei aqui”, relembra Botani. “Meu pai, Eugênio Botani, sempre me levava nas missas e nos eventos da Igreja para beijar a mão do padre Primo (Bernardi), quando eu era criança (na década de 1940). No entanto, o matrimônio é algo que ficou marcado para sempre. Casei com missa numa quinta-feira. A Igreja lotou! Foi muito legal. Até hoje me emociono”, confidencia Botani, que casou com Amábile de Lourdes Milani Botani, em 10 de julho de 1975, com quem tem um filho: Eduardo Carlos Botani.

Da Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, irmã Eliene Lima, 45, atua pastoralmente na Igreja Matriz de Santo André desde o ano de 2004 e avalia o simbolismo da cultura da espiritualidade do acolhimento da primeira igreja criada na cidade. “É uma igreja que carrega um significado muito grande para todos nós. Um lugar cheio de história, onde as pessoas fortalecem a fé. E ela continua com a sua missão de evangelizar, de acolher os migrantes, de acolher a todos”, comenta a religiosa.

A Matriz de Ribeirão Pires, Paróquia São José, também completou ontem 110 anos de sua criação. Administrada pelos padres da Congregação dos Missionários de São Carlos, a igreja conta atualmente com cinco comunidades/capelas (Santa Cruz, São Francisco de Assis, Imaculada Conceição, Nossa Senhora do Carmo e João Batista Scalabrini) e várias pastorais, movimentos e associações que estão na ativa em toda a área paroquial.




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