A maioria das bolsas da Ásia fechou em queda nesta sexta-feira, 10, com realização de lucros após três sessões de ganhos. Investidores no continente se desfizeram de ativos de risco, em meio às persistentes incertezas em relação à variante Ômicron do coronavírus.
Na quinta-feira, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que uma quarta dose da vacina desenvolvida pela farmacêutica pode ser necessária para neutralizar a nova cepa, embora tenha destacado que dados do "mundo real" são necessários para formar uma conclusão definitiva.
Enquanto uma definição sobre a eficácia do imunizante contra a mutação do vírus não é finalizada, a covid-19 continua inspirando preocupação em vários países. A Coreia do Sul, em particular, registrou hoje o terceiro dia consecutivo com mais de 7 mil casos da doença, em uma onda de infecções que já sobrecarrega hospitais.
Nesse cenário, o índice Kospi, referência na Bolsa de Seul, encerrou o pregão em baixa de 0,64%, a 3.010,23 pontos. O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Boo-kyum, admitiu que novas restrições à mobilidade poderão ser impostas caso a situação piore mais nos próximos dias.
No Japão, o Nikkei cedeu 1,00%, a 28.437,77 pontos, em Tóquio. As perdas foram puxadas principalmente por aéreas, diante das perspectivas negativas para o turismo em meio ao avanço da Ômicron. Os papéis de Japan Airlines e Air Nippon Airlines se desvalorizaram 2,13% e 0,81%, respectivamente.
Na China, Xangai recuou 0,18%, a 3.666,35 pontos, enquanto Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,14%, a 2.546,65 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,07%, a 23.995,72 pontos. A ação da Evergrande marcou queda de 1,67%, ainda em reação à notícia de que a incorporada entrou em default da dívida.
Em Taiwan, o Taiex perdeu 0,49%, a 17.826,26 pontos.
Na Oceania, o S&P/ASX 200 diminuiu 0,42%, a 7.353,50 pontos, na Bolsa de Sydney. A mineradora Fortescue Metals Group caiu 0,82%, após a empresa anunciar renúncia da CEO Elizabeth Gaines, à medida que busca guinada para transição ao sistema de baixo carbono.
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