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A casa que é um poema. E uma sugestão ao prefeito: recorra à Petrobras, que há tantos anos atua em Mauá

Junto à minha rua havia um bosque Que um muro alto proibia Lá todo balão caía Toda maçã nascia E o dono do bosque nem via... ‘Até pensei’, de uma canção de Chico Buarque, 1968.

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
06/12/2021 | 09:15
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Celso Luiz/DGABC


O jornalista Vinicius Castelli, do Diário, visitou a casa de Hans Grudzinski em 2020, em plena pandemia, e escreveu uma linda matéria. 

Uma casa com muro verde e traços arquitetônicos que lembram um castelo, situada na Rua Porto Feliz, bairro Matriz, em Mauá, e que já foi morada de um dos artistas mais conceituados do Grande ABC, o iugoslavo Hans Grudzinski (1921-1986), vive futuro incerto.

O texto de Vinicius Castelli foi publicado em 12 de novembro de 2020, com uma exemplar foto do repórter-fotográfico Celso Luiz. Nesta Semana Mauá 2021, Memória recorre ao Banco de Dados do Diário e descobre outras imagens feitas na ocasião. Um acervo rico, atual, moderno, de uma casa que bem poderia ser um
grande espaço cultural. 

Ali, Hans Grudzinski morava, trabalhava, cuidava de um orquidário. Vizinhos falam com carinho do artista. E uma senhora lembrou que, ao falecer, Hans teve o seu caixão decorado com flores do seu quintal. 

Com a importância do cargo, o prefeito Marcelo Oliveira por certo obteria os recursos necessários para que a casa de Hans Grudzinski passasse ao patrimônio público e fosse restaurada. Por que não recorrer ao sistema Petrobras, que há quase 70 anos mantém em Mauá a Refinaria de Capuava? Seria uma importante
retribuição da refinaria à cidade que a acolheu. 

Prefeito: estamos com o senhor. Chame a classe artística de Mauá. Ouça a categoria. Envolva sua equipe. Esta pode ser a grande obra do seu governo. E olhe para outros espaços da cidade, do Museu Barão de Mauá, na Vila Guarani, à Casa dos Autonomistas, em plena Praça 22 de Novembro. São dois bens municipais que estão caindo, se desmanchando. Cuidando deste patrimônio, prefeito, o senhor entrará para a história da cidade como o homem que recuperou a memória do velho e querido Pilar. Força, prefeito Marcelo. E que a casa de Hans Grudzinski resista. Ela é fascinante e mantém viva a memória do seu construtor e habitante ilustre. 




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