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Máfia do apito afeta também os apostadores da Loteca
Gabriela Araújo
Especial para o Diário
28/09/2005 | 08:29
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O esquema de manipulação de resultados nos jogos de futebol não abalou apenas a credibilidade do esporte no país. A alteração dos resultados vai além do enriquecimento do empresário Nagib Fayad com suas apostas eletrônicas. Além dos clubes e jogadores prejudicados, os torcedores foram lesados em dobro, assistindo a partidas que tinham seus resultados acertados antes mesmo de a bola entrar em jogo, e em suas apostas na Loteria Esportiva.

A Caixa Econômica Federal anunciou que não irá fazer nenhuma alteração na Loteca, por conta das fraudes nos jogos do Campeonato Brasileiro (seis partidas apitadas por Edílson Pereira de Carvalho faziam parte dos testes da Loteca). "A credibilidade do produto Loteca não foi afetada. Infelizmente, quem teve a credibilidade abalada foi o nosso futebol", disse o superintendente Nacional de Loterias e Jogos da instituição, Paulo Campos.

O superintendente argumenta que o resultado fraudado teve pouca influência na Loteria – a grade de jogos semanais da Loteca é feita com base no Campeonato Brasileiro, sendo dele extraídos 14 jogos. Ele explicou também que não há como a instituição rever os resultados dos jogos já fechados. "Quem ganhou, ganhou honestamente e já sacou o dinheiro. Não dá para cancelar o resultado e pedir o dinheiro de volta", disse.

Com isso, mesmo que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva anule as partidas apitadas por Edílson, e os novos resultados sejam diferentes, a Caixa Econômica não irá pagar os novos ganhadores.




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