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Andreense tem extensa coleção de álbum de figurinhas

Acervo conta com exemplares raros como cromos de jogadores da década de 1930

Heitor Agricio
Especial para o Diário
20/11/2021 | 09:12
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DGABC/André Henriques


Álbuns de figurinhas são itens frequentes no futebol. São vários os motivos que levam as pessoas a iniciarem uma coleção, um deles é o fato de o esporte ser um dos mais populares do planeta. Tem ainda os que têm no hobbie diversão no período dos campeonatos e outros nutrem paixão pela história e pelo ato de colecionar. Esta última razão é o que levou Francisco La Torre, 39 anos, peruano que vive em Santo André há mais de dez anos, montar um verdadeiro museu em casa. Ele tem acervo de deixar qualquer fã do futebol maluco, com itens de décadas atrás. O comerciante conta com mais de 100 exemplares de ábuns e quantidade incontável de figurinhas.

A ideia de completar um álbum de figurinhas surgiu ainda na infância de Francisco, com o exemplar da Copa do Mundo de 1994, mas, devido às condições financeiras, ele não chegou nem perto de concluir o seu objetivo. Em 2010, já no Brasil, Francisco, que sempre quis ser um colecionador, juntou o desejo com o amor pelo futebol e comprou exemplar do álbum da Copa do Mundo de 1970. Esse foi o início do que se tornaria o museu pessoal do peruano.

Francisco tem álbuns de todas as copas a partir da edição de 1950 completos, com exceção do Mundial de 1954. Mas o peruano não coleciona apenas exemplares de copas do mundo, ele também ostenta diversos álbuns de campeonatos nacionais e regionais, desde a década de 1950 até hoje.

As peças mais antigas de seu museu particular são figurinhas de jogadores da década de 1930 que atuavam em três clubes brasileiros: Vasco da Gama, Palestra Itália (atual Palmeiras) e o São Paulo. Alguns dos jogadores retratados nas figuras chegaram a ser convocados para a Copa do Mundo de 1934, ano da segunda participação do Brasil no torneio.

A coleção de Francisco tem discos de vinis com os hinos dos clubes, álbuns vazios e figurinhas separadas, nunca coladas. O peruano conta também com miniaturas de alguns atletas e acumula coleção de álbuns de desenhos animados dos anos 1950, revistas e almanaques de época. Itens antigos de temas variados completam seu acervo.

Um dos poucos itens fora do futebol é de um dos maiores ídolos brasileiros. Uma miniatura da Lótus preta e dourada dirigida por Ayrton Senna tem seu espaço entre as relíquias do colecionador. “Gosto muito da personalidade dele (Ayrton Senna), como atleta e como pessoa. É um exemplo a ser seguido.” comenta o peruano.

Francisco trata a coleção com muito carinho e cuidado. Por serem itens muito antigos, alguns só ficam dentro de plásticos e o cuidado é extremo na hora de manusear os itens. Por ter muito material de valor sentimental, o colecionador não consegue estimar o valor do seu acervo, mas um álbum completo de copa do mundo, sem rasuras, pode custar mais de R$ 1.000, mas o preço varia de acordo com o ano. “Álbuns com figurinhas por colar são os mais raros e podem custar até R$ 10 mil, dependendo da raridade. O meu exemplar da Copa de 1950, por exemplo, é raríssimo. Já vi na internet pessoas oferecendo R$ 15 mil por ele”, explica Francisco. 

Apesar de satisfeito com o que já juntou até agora, o peruano disse que pretende ampliar ainda mais o acervo. “Tenho várias coleções que preciso completar e, às vezes, é bom a interação com outras pessoas que podem ter (álbuns) também”, comentou.




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