Por mais que o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, tente motivar seu time para a partida de volta pela Copa do Brasil, nesta terça-feira, contra o Sao Paulo no Parque Antártica, o grupo Alviverde já vive um clima de férias antecipadas. O próprio treinador, apesar de desmentir constantemente, pode se transferir para outro clube brasileiro após a participaçao palmeirense na competiçao. "Até terça-feira trabalharei para o jogo, se achar que tenho de sair vou falar com o presidente, o que nao é o caso neste momento". As relaçoes entre Scolari e o presidente Mustafá Contursi sempre foram conturbadas.

Na véspera de ser contratado pelo Alviverde junto ao japonês Jubilo Iwata, em meados de 1997, Scolari também negava qualquer possibilidade de transaçao. "Ainda nao estava liberado porque faltava entregar ao Jubilo uma documentaçao", desconversou. Desta vez ele também nao admite ter conversado nem com Vasco nem com Cruzeiro. "Desde o início do ano vivo repetindo que nao conversei com nenhum clube".

Além da iminente saída de Scolari, muitos jogadores têm o contrato para vencer no início do segundo semestre e outros estao negociados com o exterior. É o caso de César Sampaio, que segundo informou o presidente do La Coruña, Augusto César Lendoiro, acertou contrato de 2 anos com o clube espanhol.

O goleiro Marcos foi um dos que mais reclamou da postura do time diante do Sao Paulo, sábado no Morumbi, quando foi derrotado por 2 a 1. "Faltou vontade ao Palmeiras, o torcedor merecia um pouco mais de empenho de nossos jogadores", disse. Marcos observou que o time deverá entrar com outro ânimo se quiser prosseguir na competiçao e manter abertas as possibilidades de se classificar para a Taça Libertadores de 2001, torneio em que, neste ano, o clube foi derrotado na final, para o argentino Boca Juniors, nos pênaltis.