Internacional Titulo
'Efeito estufa' preocupa membros de conferência sobre o clima
Do Diário do Grande ABC
03/11/1999 | 16:38
Compartilhar notícia


Os ministros que participam de uma conferência sobre o clima mundial tentavam nesta quarta-feira reduzir suas divergências acerca de como combater o aquecimento da atmosfera. Os europeus disseram estar dispostos a promover um acordo internacional para reduzir as emissoes de gases que produzem o chamado "efeito estufa" mesmo sem a participaçao dos Estados Unidos.

A delegaçao americana reiterou que nao irá se considerar obrigada a por em vigência até 2002 um acordo para reduzir as emissoes de dióxido de carbono e outros gases poluentes. Mas David Sandalow, secretário de Estado responsável pelas questoes ambientais, negou que Washington estivesse adiando o prazo. "Estamos trabalhando energicamente para reduzir as emissoes em nosso país e construir um sistema internacional para reduzir as emissoes ao menor custo".

O centro das negociaçoes de Bonn é um protocolo acertado em 1997, na cidade japonesa de Kioto, segundo o qual as naçoes industrializadas concordam em reduzir no período 2008-2023 suas emissoes para 5% a menos do que os níveis de 1990.

A maioria dos cientistas atribui aos gases que produzem o "efeito estufa" - desde o carvao até as emissoes dos automóveis - o aquecimento da superfície terrestre, e teme que isso desequilibre o balanço da natureza e aumente o número de desastres ambientais.

As conversaçoes, que começaram em 25 de outubro, sao majoritariamente técnicas e se propoem a elaborar um texto para uma reuniao mais importante na Holanda este mês. "Se fracassarmos desta vez, o mundo nao nos perdoará", disse o vice-primeiro-ministro britânico, John Prescott.

A Uniao Européia introduziu um tom político ao declarar que deseja que o protocolo de Kioto entre em vigência em 2002. Japao inesperadamente apoiou nessa terça-feira essa demanda, como também a Nova Zelândia.

Para que o protocolo de Kioto torne-se lei internacional, deve ser apoiado pelos países industrializados responsáveis por 55% das emissoes de gases do mundo em desenvolvimento em 1990, o que será difícil sem a aprovaçao dos Estados Unidos.

A maioria republicana no Senado americano rejeita o acordo de Kioto, alegando que custaria à industria dos EUA milhares de milhoes de dólares e provocaria fortes aumentos de preços sem impor obrigaçao alguma a países em desenvolvimento como a China.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;