A nova forma de cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pelo governo, que encarece a tomada de crédito pelo consumidor, afeta principalmente as operações de cheque especial e pode aumentar a inadimplência.

Nessa modalidade de crédito, o consumidor costuma utilizar a linha várias vezes ao mês, cobrindo a dívida e tomando empréstimo novamente. No entanto, a cada utilização do limite, o IOF adicional de 0,38% é cobrado, além da taxa diária de 0,0082%.

Estudo feito pela Anefac (Associação Nacional de Economistas de Finanças, Administração e Contabilidade) mostra que, com a utilização de R$ 10 mil várias vezes ao mês, pagava-se R$ 7,38 de IOF ao final de 30 dias. Na nova incidência do imposto, os mesmos R$ 10 mil descontados várias vezes ao mês somariam R$ 14,76 de IOF diário mais R$ 684 do imposto adicional a cada nova operação. Ou seja, 148% – ou R$ 691 a mais do que pagaria anteriormente,

Apesar de estar em grandes proporções, o exemplo demonstra o impacto na nova cobrança do tributo no bolso do consumidor.

Para tentar reduzir o impacto, o vice-presidente da entidade, Miguel de Oliveira, elaborou uma sugestão para a cobrança do IOF especialmente para o uso do limite do cheque especial.

Nela, seria cobrado o tributo adicional de 0,38% somente para uma operação do mês, mais a taxa diária de 0,0082% sobre todas operações.