De olho na concorrência interna, mas especialmente externa, a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira inaugura nesta quarta-feira o novo alto-forno da Usina de Joao Monlevade, na zona Metalúrgica mineira, em substituiçao a outros quatro alto-fornos que já foram desativados desde dezembro passado. Principal fabricante de fio-máquina no país (para aplicaçao industrial de cordonéis de aço) e apontada como a segunda em qualidade em todo o mundo, a siderúrgica está ampliando sua produçao de ferro-gusa de 780 mil toneladas para mais de um milhao de toneladas/ano.

Em setembro, diz o gerente-geral da Usina de Monlevade, Gérson Alves Menezes, o alto-forno estará operando com força total. A inauguraçao do alto-forno, que será assistida pelo governador de Minas Gerais, Itamar Franco, resolverá um problema de desequilíbrio da produçao com que a Belgo-Mineira vinha lutando há anos.

Os quatro fornos desativados tinham uma capacidade nominal de apenas 780 mil toneladas de gusa/ano (matéria prima para o fio-máquina), contra a capacidade de fabricaçao dos laminadores da Usina, de 1,2 milhao de toneladas de fio-máquina - um produto de alto valor agregado, utilizado, no caso da Belgo-Mineira, na produçao de cordonéis de aço, que servem para reforço de pneus.

O novo alto-forno será capaz de produzir 1,040 milhao de toneladas de gusa. O funcionamento é à base de coque metalúrgico e carvoao pulverizado, o que eleva a produtividade em 30%.