Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira devido às previsões de temperaturas brandas no inverno americano, que provocarão uma demanda menor por combustível para calefação e um aumento das reservas nesse país.

Em Nova York, o barril do "light sweet cru" para entrega em dezembro caiu US$ 1,01, fechando a US$ 58,58. Em Londres, o barril do Brent do mar do Norte para entrega em dezembro caiu US$ 0,66, fechando a US$ 59,05.

Os meteorologistas esperam que esta semana as temperaturas permaneçam acima do normal para esta data e, provavelmente, no resto do mês no nordeste dos Estados Unidos, a região que consome mais combustível de calefação no mundo.

Segundo o centro Meteorlogix, a demanda no nordeste será inferior ao normal na semana que termina no dia 18 de novembro, o que permitiria um aumento das reservas de produtos destilados nos Estados Unidos. O centro Weather Derivatives considerou que a demanda por combustível de calefação seria 26% menor do que o normal até 20 de novembro. "O tempo será um fator chave para o mercado com a aproximação do inverno", destacou Fadel Gheit, analista da Oppenheimer.

"Ninguém sabe se o inverno será muito frio. Se não for e não houver perturbações na produção, penso que os preços vão continuar baixando", disse. Por outro lado, "muita gente duvida que a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) está reduzindo sua produção ou que tenha a menor intenção de fazê-lo", acrescentou.

A OPEP havia anunciado no mês passado uma redução de 1,2 milhão de barris diários de sua produção, o que poderia se repetir em sua próxima reunião, prevista para 14 de dezembro em Abuja, Nigéria.

O representante iraniano na OPEP indicou nesta segunda-feira que o cartel reduziria ainda mais sua cota de produção para sustentar os preços do petróleo se a recente decisão de baixar a produção não tiver efeito no mercado. No entanto, até agora o mercado mostrou-se cético quanto à capacidade da OPEP para aplicar estas reduções.