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Neurônios podem curar o Mal de Parkinson, diz estudo
Da AFP
16/08/2004 | 15:56
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Um estudo da equipe de biólogos apresentado pelo laboratório Sloan-Kettering Cancer Center de Nova York na Pnas (página da Academia de Ciências dos Estados Unidos) revela que neurônios humanos criados em laboratório, a partir de células-tronco, são capazes de produzir uma substância química cuja falta está ligada ao Mal de Parkinson, o que representa uma nova esperança de tratamento para a doença.

Os pesquisadores demonstraram pela primeira vez em uma experiência "in vitro" que a evolução de células-tronco retiradas de embriões humanos pode ser dirigida para formar neurônios produtores de dopamina, um mensageiro químico que atua na sinapse, facilitando a execução dos movimentos.

O sucesso na especialização das células-tronco embrionárias, que, em princípio, poderiam formar qualquer tipo de célula do corpo, é um grande passo em direção à utilização terapêutica, sobre a forma de enxerto, por exemplo.

"É uma etapa-chave. Este resultado foi indispensável para qualquer teste pré-clínico", afirmou o biólogo francês Anselme Perrier, que assinou o artigo de apresentação. "Os resultados foram confirmados a partir de três linhas diferentes de células-tronco humanas, de dois macacos", destacam os autores da publicação.

"O funcionamento destes neurônios foi testado in vitro" (verificação da atividade elétrica das células, da produção de dopamina), destaca o biólogo.

"Nós temos as ferramentas para partir para as etapas seguintes", disse. "Agora devemos testar os animais, ratos e depois macacos", acrescentou Anselme Perrier, do laboratório da equipe do renomado Marc Peschanski para pesquisas sobre o Mal de Parkinson.

Tremores nas mãos, rigidez muscular e lentidão nos movimentos são alguns sintomas do Mal de Parkinson, doença neuro-degenerativa descoberta pelo médico britânico James Parkinson em 1817, que atinge entre 1% e 2% da população com mais de 65 anos.

A incidência da doença aumenta com a idade, mas cerca de 10% dos doentes têm menos de 40 anos. O mal é ligado à predisposição genética e explicado pela destruição das células nervosas que produzem a dopamina, que ficam em um lugar do cérebro chamado "substância negra".




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