Pelo menos 200 ativistas se manifestaram na estação de trem da Grand Central Station de Nova York, com faixas defendendo a luta contra Aids em vez da realização de guerras, em pleno horário de rush na manhã desta quinta. Cerca de 12 pessoas foram presas por sentarem num posto de informação da principal plataforma da estação e se recusarem a sair, de acordo com testemunhas.

Ações simbólicas também estavam previstas para a noite desta quinta-feira, para o momento em que o presidente George W. Bush aceitar a designação como candidato do partido a um segundo mandato.

Concentrações foram anunciadas no Union Square e perto do Madison Square Garden, local da convenção. Esses últimos eventos devem encerrar uma série de manifestações de todos os tipos, desde o grande desfile de domingo passado (500 mil pessoas, segundo os organizadores) aos atos de desobediência civil promovidos na terça-feira ante os hotéis onde estavam hospedados os delegados.

Alguns manifestantes conseguiram, inclusive, entrar no recinto do Madison Square Garden, como o estudante de Yale que se aproximou do vice-presidente Dick Cheney, ou a militante que tentou na quarta-feira mostrar uma bandeira com a inscrição "Cheney e Halliburton, causas de massacres no Iraque", antes de ser retirada da sala ante as câmeras de televisão.

A semana foi marcada por uma série de detenções, principalmente na terça-feira, quando 900 pessoas foram detidas durante concentrações pacíficas, mas não autorizadas, perto do marco zero, local onde estavam as Torres Gêmeas, da Public Library ou da loja Macy's, contígua ao Madison Square Garden.

No total, mais de 1.700 pessoas foram detidas em uma semana, ou seja, um número bem distante das previsões pessimistas do promotor de Manhattan, Robert Morgenthau, que havia antecipado mil detenções por dia durante a convenção.