O São Caetano repetiu o que fez nos últimos três anos e mudou de treinador no início da Série B. Após perder os dois primeiros jogos - para ASA e Avaí -, ontem pela manhã a diretoria resolveu trocar Márcio Araújo por Sérgio Guedes, que estava sem clube. A atitude imediatista ratifica a pouca paciência dos dirigentes com os técnicos, já que troca de comando virou rotina no Azulão.

Em 2009, Sérgio Soares resistiu até a quarta rodada da Série B, quando foi substituído por Antônio Carlos. No ano seguinte, Roberto Fonseca durou apenas um jogo, perdeu do Figueirense (1 a 0) e também deu adeus ao clube, cedendo vaga para o próprio Sérgio Guedes. O pior, porém, ocorreu em 2011, quando Ademir Fonseca foi demitido em plena pré-temporada, sendo trocado por Márcio Goiano.

Desempregado desde que deixou o Red Bull, em março, após comandar o time campineiro no início da Série A-2 do Campeonato Paulista, Sérgio Guedes conhece bem o Azulão, já que sentiu na pele a impaciência dos dirigentes. Em 2010, em sua primeira passagem pelo clube, comandou a equipe em 19 jogos, venceu oito, empatou três e perdeu oito, sendo demitido após goleada para o Ipatinga (4 a 1).

A situação, porém, parece não incomodar. "Futebol é feito de resultados, não tem jeito. Enfrentei sequência ruim (foram seis derrotas, um empate e uma vitória nos jogos que antecederam sua demissão) e acabei saindo, mas deixei a portas abertas, tanto que agora estou sendo recontratado", comentou Sérgio Guedes.

O treinador garantiu que assistiu aos dois primeiros jogos do São Caetano na Série B. "Acompanho todas as partidas justamente para estar preparado nestas situações de ter que assumir uma equipe de forma emergencial. O time tem bons jogadores e tenho certeza de que vou receber boa herança deixada pelo Márcio Araújo", projetou Guedes.

A apresentação do técnico está marcada para hoje pela manhã, no Estádio Anacleto Campanella. Sérgio Guedes já dirige o São Caetano no confronto de terça-feira, com o Bragantino, no Grande ABC. Procurados pela equipe do Diário, o presidente, Nairo Ferreira de Souza, e o diretor de futebol, Genivaldo Leal, não foram localizados para comentar o assunto.