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Para o Brasil as negociações da OMC estão em fase perigosa
Da AFP
23/10/2007 | 13:27
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As negociações para a liberalização do comércio mundial atravessam uma fase "extremamente perigosa", afirmou o embaixador do Brasil na OMC (Organização Mundial do Comércio), que acusou os países ricos de ignorar as demandas do mundo em desenvolvimento.

Apesar da expectativa dos 151 países membros da OMC por um acordo antes de fim de ano, "a situação é extremamente perigosa atualmente", declarou o embaixador Clodoaldo Hugueney em entrevista.

O Brasil, que atua como porta-voz dos países emergentes nas negociações, considera que os países ricos são muito exigentes com os do Sul, chamados a reduzir as tarifas alfandegárias sobre os bens industriais a menos de 23%.

Para concluir a rodada de Doha, iniciada em 2001 na capital do Qatar, os Estados Unidos e a União Européia "devem indicar que estão dispostos a avançar" no tema agrícola com o anúncio de verdadeiras concessões em matéria de subsídios e direitos alfandegários, observou o embaixador.

Hugueney denunciou o desequilíbrio entre os dois textos sobre a mesa na OMC sobre a agricultura e os produtos industriais, desfavorável segundo ele aos países em desenvolvimento. "Se os textos são desequilibrados, existe a possibilidade de um fracasso e será um fracasso definitivo", advertiu.

Hugueney alertou contra uma repetição do fracasso da conferência ministerial da OMC em 2003 em Cancún, México, que teve uma dura batalha entre Norte e Sul a respeito da agricultura. "As pessoas não aprenderam a lição: ainda pensam que podem ignorar as demandas dos países em desenvolvimento", criticou.




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