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Graças alcançadas. Cruzando a represa. As motoqueiras. Uma batina para o padre Pedro
Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
18/09/2021 | 05:01
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Um fato que nos marcou muito ocorreu em 3 de setembro de 2000. A procissão saiu da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, no Jardim das Orquídeas (bairro Alvarenga). Chovia muito, e mesmo assim os fiéis seguiam caminhando, com muita fé, por mais ou menos 11 quilômetros.

O que mais nos emocionou foi uma senhora que, muito molhada da chuva, chorando, pediu para segurar no carro de boi que levava Nossa Senhora. Ofereci a ela uma capa plástica e ela me respondeu: “Não, muito obrigada – quero prestar essa homenagem a Nossa Senhora por uma graça alcançada”.

E lá foi ela agarrada ao carro de boi. Foi muito lindo esse ato de fé e carinho por Nossa Senhora da Boa Viagem.
Roberto Cardoso da Silva e
Carmen Lúcia Fernandes da Silva

A festa começava no bairro dos Finco e ia até o Riacho Grande, para depois seguir para a Matriz da Boa Viagem. Meus avós maternos vinham do Sacomã com sua charrete com cobertura, toda decorada.

Na quermesse, meu avô não ia embora enquanto não arrematasse alguma prenda, principalmente quando era um leitão à pururuca ou frango assado.
Já meu pai, numa das vezes, resolveu jogar na barraca da roleta para ganhar uma imagem de Santa Terezinha de uns 40 centímetros. Ele tentou, tentou e conseguiu ganhar. Temos a santinha até hoje.

O Mateus, meu irmão, lembrava que houve ocasiões em que a Nossa Senhora da Boa Viagem vinha do bairro dos Finco num barco, cruzando a represa, acompanhada pelos marianos.
Marilene Corradi

Em 1983, eu e uma amiga participamos da procissão com nossas motocicletas, o que era raro, ainda mais, uma mulher dirigir moto.

Pela ordem, vinha o carro de boi levando o andor de Nossa Senhora, seguido pelos pedestres, cavaleiros, carroças, bicicletas, motos e, por último, os carros.

Por cinco anos, até vender as motos, sempre participamos. Acredito que a minha fé sempre me resguardou, pois nunca tive qualquer acidente.
Vilma Breda Lee

Lembro-me de uma dessas festas da padroeira e de alguns realizadores: meus pais – Sérgio e Maria Flora Ballotim, Roque e Concetta Menucelli, Hélio e Dirce de Souza Mello, Santa Demarchi e família.

Eles organizavam e patrocinavam a festa e, entre outras coisas, compravam batina nova para o padre – na época era o padre Pedro Celotto. Também providenciavam o andor e enfeitavam a igreja.

A procissão saía da Matriz, seguia pela Rua Santa Filomena e, a seguir, retornava. O andor com a Nossa Senhora da Boa Viagem quase sempre era carregado pelos homens. Eventualmente, as mulheres o transportavam por alguns metros.
Flora Regina Ballotim 




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