O técnico Mauro Grasso, do São Caetano/Blausiegel queria pelo menos 30 dias para entrosar seu grupo, mas teve somente 11 para trabalhar a equipe antes da estreia na Superliga Feminina de Vôlei, hoje, às 18h, contra o Vôlei Futuro, em Araçatuba. A preocupação principal é com o entrosamento do grupo, que passou quase todo o Campeonato Paulista sem duas titulares, Mari e Sheilla, a serviço da seleção.
"É preciso um mês, um mês e meio para que as jogadoras entrem na mesma mentalidade", reconhece o treinador. "Tem de conversar, adaptar o trabalho porque, de repente, elas começam a conviver com meninas que não são da seleção e tem todo o deslumbramento natural", diz, lembrando sua própria experiência quando jogou ao lado do então levantador da seleção William.
Na Superliga, o objetivo é levar a equipe ao ponto em que não se precisa mais ‘cantar' as jogadas. Mas para o começo de competição a prioridade é garantir o equilíbrio. "Temos um grupo bacana, mas que teve pouco tempo para trabalhar junto. O que aconteceu no Paulista (eliminação na semifinal) não foi culpa de ninguém, foi o preço."
Terceiro colocado na Superliga passada, São Caetano se mantém entre os favoritos ao título, juntamente com o hexacampeão Unilever, o tricampeão Sollys/Osasco e o surpreendente Pinheiros/Mackenzie, que faturou o título estadual.
Os finalistas do Paulista, que terminou terça-feira, têm um desafio extra: driblar o desgaste físico e emocional da decisão para começar bem na Superliga. "Esta é uma situação que preocupa", admite o técnico do Osasco, Luizomar de Moura. "Mas temos de achar o time, respeitar o momento de cada jogadora e analisar caso a caso."
A disputa pelo título será acirrada, aposta. "Pelo menos cinco times brigam pelas primeiras colocações", completa Luizomar, que conta com quatro campeãs olímpicas.
São Caetano tem ainda a levantadora Fofão, campeã nos Jogos da China, e a cubana Regla Bell, tricampeã olímpica. Com sete jogadoras de seleção, a Unilever de Bernardinho segue como o time a ser batido. Enquanto o Pinheiros chega com a motivação do título paulista e a confiança no trabalho em grupo.
Com 13 times, a Superliga tem recorde de participantes.
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