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Rodízio de água pode acabar em Diadema
Nicolas Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
10/01/2002 | 19:28
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   A Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) realizarão a partir da próxima segunda-feira testes no sistema de distribuição de água, para verificar a necessidade de aumentar a vazão para o município. A definição surgiu durante reunião realizada nesta quinta na sede da empresa, na capital, que envolveu técnicos do órgão de Diadema e da própria Sabesp. Atualmente, Diadema recebe 900 litros de água por segundo. A cidade realiza, com freqüência, abastecimento em sistema de rodízio, com divisão dos bairros em três blocos e distribuição da água por dois dias, seguidos de um dia de racionamento. A situação se mantém desde o começo do ano passado.

A reunião foi solicitada pela Saned e teve também o objetivo de evitar problemas com o abastecimento no verão, quando o consumo é maior, e conseqüente agravamento do rodízio.

De acordo com o gerente de operações da Saned, Jorge Massuyama, os testes – que prosseguirão por toda a semana – servirão para determinar a melhor maneira de aumentar a quantidade de água que chega nas torneiras da cidade.

“Os testes servirão para melhorar o fornecimento de água para Diadema. Há duas maneiras de fazê-lo: a Sabesp aumentar a produção de água na estação Rio Grande ou uma operação mais adequada entre os três municípios atendidos por aquela unidade (Santo André, São Bernardo e Diadema)”, disse Massuyama.

Para o gerente de operações da Saned, o ideal seria o fornecimento de 1,1 mil litros de água por segundo para a cidade, e não os 900 litros por segundo atuais, por meio da redução da vazão em outro ponto do sistema abrangido pela estação Rio Grande, em Santo André ou São Bernardo.

“Ouvimos as questões de Diadema e as dificuldades que eles têm. Faremos alguns testes em conjunto, com a observação mais estreita do que pode ocasionar o desabastecimento”, afirmou o gerente de controle de abastecimento da Sabesp, José Carlos Leitão.

IRA – Leitão disse que um padrão de medição utilizado pela empresa, o IRA (Índice de Regularidade de Adução), que verifica a vazão da água nas redes de distribuição, será um dos pontos considerados nos testes.

O reservatório principal de Diadema, no Jardim das Nações, e o reservatório secundário, no Parque Real – que distribui água para as regiões altas da cidade –, terão a quantidade de água recebida e distribuída verificadas por técnicos da Sabesp e da Saned, para apurar possíveis problemas. “Já há uma coleta de dados, que iremos fazer com maior freqüência nesse período de testes”, disse Leitão.

O gerente afirmou que o desabastecimento na cidade pode ser uma questão de ajuste operacional conjunto ou então realmente há a necessidade de aumentar a vazão de água entregue para Diadema. “Primeiro iremos verificar qual é o problema, para depois chegar à solução. Não há como realizar alterações antes disso. Caso seja comprovada uma deficiência de fato, terá de ser aumentada a oferta de água para a cidade.”




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