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Procura por hospitais aumenta 35%
Tiago Dantas
Do Diário do Grande ABC
06/11/2009 | 08:09
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O forte calor dos últimos dias fez o número de atendimentos médicos subir 35% em São Caetano. Os moradores sofreram com a forte concentração de ozônio no ar e a baixa umidade. A medição na estação meteorológica da Vila Prudente, a mais próxima do município, chegou a marcar apenas 32% de umidade relativa no ar. A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera ideais índices acima de 60%.

As Unidades Básicas de Saúde e os Centros de Especialidades Médicas tiveram aumento no atendimento de casos de viroses em geral, como resfriados, diarréias, vômitos, amigdalites e laringites. Estes quadros podem ter ligação com as altas temperaturas, segundo Eliana Rstom, diretora de Atenção Básica à Saúde do município.

Alergologia, Pediatria e Pneumologia foram as áreas mais procuradas por pacientes nesta semana, segundo a Prefeitura. O crescimento nos atendimentos médicos não ocorreu em São Bernardo nem em Ribeirão Pires. Consultadas pelo Diário, as demais cidades do Grande ABC não responderam se os hospitais estão mais cheios por conta do calor.

A medição feita pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) classificou como "má" a qualidade do ar de São Caetano anteontem. O nível evoluiu para "regular" ontem. Isso aconteceu devido ao acúmulo de gás ozônio na atmosfera, o que provoca tosse seca, falta de ar e ardor nos olhos, no nariz e na garganta.

POLUENTES - "A qualidade do ar está sempre relacionada à emissão de poluentes e às condições do tempo", explica Maria Helena Martins, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb. "O ozônio é formado por óxidos de hidrogênio e hidrocarbonetos, que saem, principalmente, dos escapamentos do carro, mas só quando há radiação solar. No período da noite, o nível volta a cair", conta.

O aposentado Jair Custódio, 85 anos, sentiu na pele essas mudanças climáticas. "O tempo está muito ruim. Sair no sol não dá. A gente sente a garganta seca e muita sede", diz. A estudante Kelly Poslednyk, 19 anos, conta que tem sentido dificuldade para dormir. "Mesmo deixando uma bacia de água no quarto, está difícil. O ar está muito pesado."




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