Ele mede vinte centímetros. Delicadamente guardado numa caixa de material sofisticado, o charuto mais caro do mundo custa 375 euros. O cubano acabou de chegar à França, onde cinco caixas serão vendidas pelo preço unitário de 15 mil euros.

Em La Civette, famosa tabacaria localizada há quase três séculos em frente à Comedie francesa de Paris, uma destas cinco caixas espera seu comprador ir buscá-la. Trata-se de "um estrangeiro", afirmaram os funcionários, sem mais detalhe.

De acordo com um dono de tabacaria de Sarreguemines, três amantes de charutos compraram uma dessas cinco caixas que contém 40 "Cohiba Behike" cubanos. "Behike" era o nome de sacerdote que era também bruxo e médico da época pré-colombiana e realizava ritos sagrados com o tabaco.

Os charutos, que vêm da prestigiada manufatura de El Laguito em Havana, foram enrolados por Norma Fernandez em 2005 - a mais antiga empregada da fábrica - a partir de tabacos que tinham 7 e 8 anos, afirmou o dono da tabacaria Hugues Leichtnam.

O dono da Hugues Leichtnam também faz segredo quanto à identidade de outros três compradores que vão fumar estes charutos de 375 euros a unidade.

O dono da tabacaria contou que durante um ano e meio ele sistematicamente tentava comprar a caixa do charuto do importador Coprova. Ele sabia que dos 100 fabricados e postos à venda, apenas cinco viriam para a França.

O fabricante de tabaco franco-espanhol Altadis apresentou o charuto mais caro do mundo, uma edição limitada da marca Cohiba Behike, em outubro de 2006 em Madri. Esta edição especial de apenas 100 caixas foi lançada para comemorar o aniversário da marca.

As caixas revestidas à prova de umidade e que contêm os charutos foram fabricadas em sicômoro e ébano da Escócia, em cedro e em galuchat (pele originada de uma ave) pela casa parisiense Elie Bleu especializada na fabricação de caixas.