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Palavra do leitor
Do Diário do Grande ABC
18/07/2021 | 12:00
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Comemora-se amanhã o Dia Nacional do Futebol, efeméride instituída em 1976 para homenagear o time mais antigo do Brasil (o Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul), fundado em 19 de julho de 1900. Para além do surgimento dessa agremiação, o esporte inicialmente praticado pelas elites e clubes de estrangeiros logo ganhou a adesão das massas populares e operárias, transformando-se a seguir mais do que simples prática esportiva, mas importante traço de nossa cultura e identidade nacional.

A popularização do futebol, fenômeno observado com maior intensidade a partir dos primeiros anos das décadas de 1910 e 1920, resultou de vários processos sociais, sobretudo daqueles cujos atores eram integrantes das classes trabalhadoras das empresas ferroviárias, de migrantes e imigrantes que fizeram aquele jogo ultrapassar os muros dos elegantes clubes ingleses e alemães para ganhar, com peculiar singularidade, a simpatia de povo heterogêneo, multicultural, multirracial. É certo que o Brasil não pode ser considerado o ‘País do futebol’ em razão das origens deste esporte, mas com certeza encontrou por aqui todas as condições para sua prática. Com isso, no Brasil o futebol é reinventado.

A prática do futebol é das mais populares em todo o mundo, tornando-se no Brasil um dos exemplos de nossa identidade cultural. Essa identidade, por sua vez, é resultante do modelo da chamada ‘escola brasileira de futebol’, conhecido internacionalmente como futebol arte, produto da combinação de culturas e tradições regionais; essa pluralidade, por sua vez, deu base ao conceito do futebol como elemento constitutivo de nossa identidade. Dessa articulação entre os brasileiros e o futebol, culturalmente foram sendo criados hábitos e formas de relacionamento. E para muito além dos momentâneos instantes de uma partida ou dos 90 minutos regulamentares, é comum observarmos a temática do futebol inserida na música, na literatura, na política, na arte e na sociedade em geral. O jogo de bola também é parte constitutiva do nosso cotidiano, consciente ou inconsciente.

O repertório casual, irreverente, muitas vezes despojado e algumas vezes ‘irresponsável’ do jogador de futebol no Brasil, ainda encanta o torcedor pelo mundo afora; foram esses traços característicos do brasileiro que nos deram o título de futebol arte. E mesmo com todas as contradições existentes nessa trajetória cinco vezes campeã do mundo, apesar dos 7x1 e dos cartolas de clubes ou da famigerada CBF (Confederação Brasileira de Futebol), nosso País encontrou no futebol, há mais de um século, sua tradução e uma de suas maiores expressões. Viva o futebol e seu dia.

José Luís Ferrarezi é secretário municipal de Esporte e Lazer e secretário interino de Cultura e Juventude de Mauá. 

PALAVRA DO LEITOR

Semáforo escondido 

 Solicito à Prefeitura de Santo André especial atenção ao cruzamento da Rua Oratório com a Rua Lituânia, no Parque das Nações, 200 metros antes do Santuário do Senhor do Bonfim, porque quem trafega no sentido Centro-bairro tem dificuldade de ver o semáforo nesse cruzamento, em frente ao posto de combustíveis, devido ao mato alto no canteiro entre as pistas. Só é possível enxergá-lo já quando está-se embaixo dele, o que torna perigoso, já que não dá para ver se está verde ou vermelho. Capinação nesse local seria de bom-tom.

Marta R. Silva

 Santo André

Não creio 

 Posso dizer que custo a acreditar em pesquisas, principalmente as que envolvem o nome do presidente da República. Umas dizem que ele está perdendo popularidade, outras afirmam que certo ex-presidente está disparado à frente na corrida à Presidência nas eleições do ano que vem. Outras até dizem que a maioria dos brasileiros apoia o impeachment. Primeiro que nunca fui ouvida em uma dessas ‘pesquisas’. Segundo é que basta o homem anunciar um encontro, como as chamadas ‘motociatas’, que aparece um mundo de gente que, com certeza, o apoia. Difícil entender. Meus amigos dizem também nunca terem sido ouvidos nessas ‘pesquisas’. Quem seriam as pessoas entrevistadas, então?

Mileyde Tavares

 São Caetano

Sem cuidados 

 Alguém com autoridade para tomar providências já reparou a quantidade de pessoas – jovens e adultos – sem máscara, aglomeradas e sem outros cuidados básicos que se juntam nos fins de semana no Parque Ana Brandão e ao longo da Rua Procópio Ferreira, no Jardim Ipanema, em Santo André. E isso não é apenas em dias de sol, mas sempre. Nada contra o direito de se divertirem, mas precisam no mínimo ser orientados. É muita gente, soltando pipa, ouvindo música em alto volume nos carros, tudo regado a bebidas alcoólicas. Outro dia tinha até uma mesinha com cadeiras e algumas pessoas ao redor bebendo e empinando pipa, sempre sem cuidados. Essas pessoas precisam ser orientadas, porque, além de colocarem a própria vida em risco, põem também a de outras pessoas do local. 

Dulce Rocha

 Santo André

Neutro 

 Não posso dizer que torci contra a Seleção Brasileira na final da Copa América (Esportes, dia 12). Também não vou afirmar que torci a favor. Assisti ao jogo pelas circunstâncias. Não consegui me animar por causa das mais de 500 mil mortes pela Covid. Não vesti a camisa amarelinha do Brasil porque esse símbolo nos foi tirado à força. Além disso, o campeonato aqui no País, empurrado goela abaixo depois que outras nações recusaram, foi absurdo, que nos trouxe outra variante do vírus, em pleno desastre sanitário pelo qual ainda passamos. Foi ótimo o Brasil não ter vencido. Passaria a sensação de que está tudo sob controle. E, sabemos, não está. Então, não estou triste nem feliz. Apenas acho que poderia ter sido evitada essa situação.

Jandir Meirelles

 Ribeirão Pires




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