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Ciência e CPI da Covid
Do Diário do Grande ABC
02/07/2021 | 23:59
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Desde o seu início, a CPI da Covid-19 no Brasil tem sido palco político de disputas intermináveis, nas quais interesses pessoais e partidários parecem ser colocados acima do próprio objetivo almejado pela comissão: investigar e esclarecer os motivos de gestão problemática da pandemia no Brasil que, além das graves consequências para a população, tem sido motivo de preocupação internacional. Tanto é que alcançar mais de 500 mil mortes não gerou comoção nacional apenas, foram muitas as manifestações nos mais variados países que se solidarizam com a nossa situação. A seriedade do que se investiga parece ser ignorada por alguns que preferem tumultuar e aplaudir apenas os que contribuem para negar o problema e considerar a situação normal, apesar dos fatos evidenciarem a falta de compromisso e incompetência. Por outro lado, também os que se mostram comprometidos com o esclarecimento dos fatos não deixam de, a todo momento, defender seus interesses político-partidários. Afinal, apesar do contexto de muito sofrimento provocado pela pandemia, o jogo político está posto e os jogadores nem sempre respeitam as regras.


Mas o que realmente está em jogo? O número de mortos e infectados que cresce a cada dia? A necessidade de pôr fim a gestão que se mostra no mínimo confusa? O uso político da pandemia para angariar votos? As opiniões divergem e cada um prefere repercutir da maneira que melhor lhe convém. Ciência e opinião política são tratadas como se fossem a mesma coisa. Coloca-se a ciência de um lado, ou de outro, quando, na verdade, ela não tem lado nenhum. E as consequências têm sido desastrosas, com embates que, ao invés de esclarecer, confundem ainda mais ou causam desserviço. O reconhecimento de que as pessoas que fazem ciência não sejam neutras não significa consequentemente que o resultado de suas pesquisas seja apenas ideologias e opiniões. Por isso, a ciência tem seus métodos, contraprovas e precisa do reconhecimento dos pares. O conhecimento científico, assim como todas as produções humanas, também é histórico. Novas pesquisas podem trazer novos resultados e provocar mudanças. Os resultados das pesquisas científicas também podem ter uso político.


Por fim, o reconhecimento dessas características da ciência não pode fazer dela apenas mais uma opinião, principalmente quando o que está em jogo são vidas humanas. Ainda que alguns queiram modificar a história, algumas lições sobre as descobertas científicas já foram repetidas à exaustão. Uma coisa são os fatos, outra são as versões. A ciência se apoia nos fatos, as opiniões são diversas.


Luís Fernando Lopes é doutor em educação, professor da área de humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.


PALAVRA DO LEITOR

Auricchio e Morando
Li com absoluta satisfação a nota da coluna Cena Política que mostrou a aproximação do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, com o ex-de São Caetano José Auricchio Júnior (Política, ontem). Jamais imaginei que pudesse ver os dois tucanos caminhando juntos. Lembro-me que, logo após as eleições de 2016, quando as urnas indicaram que o PSDB estaria no comando das três principais cidades do Grande ABC, Santo André incluída, todo mundo pensou que o trio pudesse trabalhar junto para convencer o Estado, também governado pelo partido, a fazer investimentos na região. Ledo engano. A vaidade de alguns falou mais alto. Tomara que agora as coisas se ajeitem. Antes tarde do que nunca.
Edvaldo Vassaz
Santo André


Novo leitor
Meu amado neto, o Davi Lucca de Oliveira Pereira, filho da minha amada filha, Paula Noêmia de Oliveira Pereira (saudades da minha amada e saudosa tia paterna, Noêmia de Oliveira Fabrini – 1916-2001), que nasceu e partiu de maneira compelida no ‘expresso da eternidade’, no bairro diademense de Piraporinha, no mês findo completou 2 anos e já é leitor ‘diarionete’!
João Paulo de Oliveira
Diadema


Fundamental
O índice de vacinados contra a Covid-19 no Grande ABC é expressivo (Setecidades, ontem). E deve servir de exemplo para outras regiões do País, pois a vacinação é fundamental.
Uriel Villas Boas
Santos (SP)

Fórum da Cidadania
Li com intensa atenção a página Memória deste Diário, assinada pelo nobre e dedicado escritor, memorialista, dentre outros títulos cabíveis, Ademir Medici, com quem já tive a prazerosa oportunidade de partilhar alguns momentos de estudos (Setecidades, dia 28). Ao ler e reler a referida reportagem, sob o título ‘Grande ABC elege 13 deputados. Cinco federais e oito estaduais. A força do Fórum da Cidadania do Grande ABC’, meu coração e minha alma regozijaram-se au graden complet (completamente cheios), pois que participei ativamente desta cívica jornada, na função a mim delegada, coordenador do Grupo de Trabalho Articulação Política. Reluzamos, para tanto, debates com todos os candidatos a deputado estadual e federal do nosso Grande ABC, nas sete cidades da nossa região. Muito obrigado, estimado Ademir Medici, por permitir vivenciar de novo tão fortes recordações e emoções com a sua reportagem.
Filipe dos Anjos
Diadema

Independência
Antigamente as câmaras tinham o nobre poder de fiscalizar o trabalho dos prefeitos. Agora, pelas ultimas votações do Imasf e da reforma da Previdência dos servidores, viraram meros cartórios dos prefeitos (Política, dia 1º). Vide projetos mandados 30 minutos antes de iniciar a sessão. É necessário às câmaras municipais voltarem a ter protagonismo no desenvolvimento e proposição de políticas públicas nas cidades.
Rodrigo Gomes Abreu
Santo André

Concordo
Concordo plenamente com o leitor Humberto Schuwartz Soares (Culpa dos eleitores, ontem). O texto é pertinente e de alta razoabilidade. Uma empresa contrataria funcionários sem ter referências, curricúlo, diplomas, demonstração de conhecimentos no que se propõe, enfim, sem análise profunda se será correto contratá-lo? Certamente a resposta será negativa. Logo, a prudência recomenda que o eleitor tenha a diligência de ter conhecimento mínimo do candidato que se apresenta. Cada vez mais temos que filtrar nossos representantes. Com pesquisa rápida na internet, o eleitor terá alguma referência do candidato. Outra forma é a busca mais aprofundada nos sites dos tribunais em nome do candidato. E mais: no site do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) pode buscar mais informações. Quando não fazemos isso, elegemos políticos como este Luis Miranda, entre outros envolvidos em vários crimes.
Ailton N. de Lima
São Bernardo 




Comentários

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