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Vacinação contra a raiva está ameaçada pelo 3º ano seguido

Campanha, que normalmente é realizada em agosto, ainda não foi planejada pelo Estado

Daniel Tossato
04/06/2021 | 11:40
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A menos de dois meses para a campanha de vacinação contra a raiva, o governo do Estado ainda não definiu planejamento para imunizar cães e gatos. A falta de diretrizes impacta nas cidades do Grande ABC, que aguardam posicionamento estadual. No ano passado e em 2019 não aconteceu a campanha de vacinação.

Na região, só Ribeirão Pires iniciou a imunização por meio de campanha. O município passou a proteger os animais dia 1º de junho e a segunda data disponível é dia 15. O município informou que mais de 600 animais já foram vacinados. As demais cidades optaram por atuar com imunização de rotina, atuação em situação de casos confirmados e em áreas em que animais infectados foram encontrados.

A Prefeitura de Santo André, por exemplo, informou que aguarda posicionamento do Estado para dar início à campanha. O munícipe que tenha gato ou cachorro, entretanto, poderá se dirigir ao centro de zoonose para vacinar seu animal.

Em São Bernardo a administração confirmou que não há previsão para retomada da campanha e realiza vacinação de rotina no centro de zoonose, que atende com agendamento por meio do telefone 4365-3349.

São Caetano informou que recebe doses só para bloqueios de foco, mas não descartou a possibilidade de realizar campanha no segundo semestre.

Mauá disse que não recebeu insumos para campanha e, por meio da gerência de zoonoses, faz monitoramento de cães agressores e suspeitos. Diadema sustentou que a realização da campanha foi prejudicada devido à pandemia, mas que realiza vacinação sob demanda.

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, alegou em contato telefônico que ainda não foram definidas as questões técnicas acerca da campanha de vacinação contraa raiva e que, caso aconteça a iniciativa, os municípios da região serão informados.

De acordo com Rana Rached, gestora do curso de veterinária da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), a imunização dos animais é fundamental. “Apesar de não termos casos de raiva canina na região, sabe-se que há morcegos infectados e, portanto, o vírus existe. A raiva é uma doença zoonótica que mata”, destacou. “A vacina é obrigatória, é doença controlada, justamente por causa da vacina. O risco é que o vírus passe de endêmico para pandêmico e aumente o risco de ser disseminado para outras regiões”, completa a veterinária Lara Évora. 




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