Nada de bolas vermelhas, laços de fita, sinos ou anjos. Se o Natal é a festa das tradições, o comerciante Jesus Colodro, de 65 anos, tratou de deixar de lado as convenções para literalmente trazer novos ares ao festejo de final de ano.

Ele montou uma árvore de Natal de três metros de altura usando 170 cata-ventos e muita imaginação.

Exposta no terraço de sua casa, em Rio Grande da Serra, a árvore virou atração entre os moradores.

Este é o terceiro ano que o comerciante monta a árvore de cata-ventos, que é aguardada não só pelos vizinhos mas também pelos que vêm de longe para dar uma olhadinha no enfeite.

“Já veio gente de Santo André, de Ribeirão Pires só para olhar”, conta Colodro orgulhoso. “Aqui no bairro, o pessoal já fica de olho para ver se eu vou montar”, completa.

Dez dias foi o tempo necessário para o comerciante construir a árvore. “A parte que dá mais trabalho é a montagem dos cata-ventos”, explica.

Da estrutura de madeira encapada com fita isolante prateada à estrela que finaliza a árvore, tudo foi feito por Colodro.

Os cata-ventos não foram escolhidos por acaso. A paixão pelo brinquedo, um tanto nostálgico, surgiu há 20 anos, quando Colodro comprou um deles, tirou o molde e a partir dali começou a confeccioná-los.

O interesse pelos cata-ventos foi despertado durante uma campanha eleitoral. O cata-vento era símbolo de um dos candidatos e chamou a atenção do comerciante.

Hoje, ele vende os cata-ventos e garante que o brinquedo ainda faz bastante sucesso entre as crianças.

“Quando passa uma mãe com uma criança e vê o brinquedo rodando, não tem jeito, tem de comprar!”, garante.

Colodro não restringiu a idéia apenas ao quintal de sua casa. Ele quis espalhar a idéia pela cidade e construiu uma réplica menor da árvore original.

Com cerca de dois metros, o enfeite foi colocado à mostra em seu estabelecimento, no Centro da cidade.

“Esse eu levei menos tempo para fazer. Em uma semana consegui concluir tudo”, conta o Colodro que se diaspõe a construir árvores comcata-vento para quem desejar.

A árvore menor conta com 130 cata-ventos confeccionados manualmente com material plástico colorido. “Nesse ano consegui achar um plástico mais resistente, mais duro. Agora vou conseguir desmontar a árvore para usar no ano que vem”, diz.