O preço da cesta básica no Grande ABC em junho caiu R$ 8,77. Seguiu, com isso, a tendência observada em maio, quando o conjunto composto por 34 itens registrou queda de R$ 5,32 - diferença de 1,49% em comparação com abril.

No mês passado, a redução no valor foi de 2,48% - economia de R$ 8,77 em relação a maio. O custo médio, que era de R$ 353,32, ficou em R$ 344,55, segundo a pesquisa mensal da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Desde o início do ano até abril, o valor da cesta entre as sete cidades acumulava alta de R$ 50. Isso porque, o excesso de chuva prejudicava a safra, desequilibrando o mercado. Como a perda de alimentos aumentava, os itens que abasteciam as prateleiras dos supermercados ficavam super valorizados.

Para o técnico agrícola da Craisa Luiz Guimarães Santos, responsável pelo levantamento, o preço alto estava ligado a problemas climáticos e não à expansão de consumo. Portanto, a perspectiva é de que o valor da cesta básica continue caindo ou fique estável nos próximos meses.

Em junho, os grupos de higiene pessoal e limpeza doméstica apontaram variação positiva de 3,84% e 1,15%, respectivamente. Na contramão, está o segmento de alimentos industrializados, com redução de 1,57%. Mas, foi o setor de hortigranjeiros (verduras, legumes e frutas) o grande responsável pela queda do preço: com baixa de 8,55%.

O quilo da batata e do tomate tiveram diminuição no valor de 25,06% e 15,06%, respectivamente, por exemplo. "Como são alimentos altamente perecíveis, as chuvas do começo do ano prejudicavam o cultivo de alguns itens. Agora, o clima está mais favorável, temos mais produtos e, obviamente, os preços caem", justifica o técnico agrícola da Craisa.

Ainda segundo o estudo mensal, dos 34 produtos pesquisados, 16 itens registraram alta enquanto que 18 apresentaram queda.

Na primeira semana de julho, a cesta está praticamente estável - com acréscimo de 0,14% - diferença que elevou o valor em R$ 0,47.

Os preços da carne bovina de primeira (coxão mole, corte traseiro) apresentaram alteração de alta (11,62%) no período e as carnes de segunda (cortes dianteiros) tiveram queda de 7,28%, custando em média R$ 14,51 e R$ 8,53 o quilo, respectivamente.

A dupla arroz e feijão também registrou alta. O cereal encareceu 2,29% e custa, em média, R$ 8,05 o pacote de 5 quilos. Já o grão, acumulou elevação de 4,05%, cujo preço médio ficou em R$ 3,08 o pacote de 1 quilo.