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Obra de UPA está abandonada em Mauá

Construção no Jd. Maringá está parada há 13 meses; local é alvo de furtos e abriga mendigos

Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
23/05/2012 | 07:00
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As obras da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Maringá, em Mauá, estão paradas há 13 meses. Em abril passado, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) embargou a o projeto. Em dezembro, voltou atrás e permitiu a construção, mas a Prefeitura não retomou os trabalhos.

Comerciantes vizinhos alertam que a área, localizada na Avenida Barão de Mauá, altura do número 3.000, abriga mendigos no período noturno e é ponto de encontro de usuários de drogas. Parte dos tapumes que cercam o terreno foi derrubada e qualquer pessoa pode ter acesso pela avenida. Na parte interna é possível identificar pedaços de isopores, canos de plástico, sacolas, resto de madeiras e até para-choque de carro. Pares de tênis e restos de colchão evidenciam a presença de possíveis moradores.

Quando entregue, a unidade terá capacidade de atender até 300 casos de urgência por dia e contar com quatro médicos 24 horas. A previsão inicial de inauguração era até março e depois foi adiada para o fim do semestre.

O dono de uma padaria localizada em frente à construção relatou ontem que furtos são comuns, inclusive de dia. "É uma vergonha. Já roubaram fios, alumínio e até parte das telhas. Toda semana acontece alguma coisa lá dentro e nunca vi ninguém da Prefeitura aqui. As placas de publicidade espalhadas pela cidade dizem outra coisa. A verdade é que a obra está abandonada", afirmou o comerciante Airton Vicente, 64. Parte do material da placa que informa o custo da obra e previsão de entrega está rasgada ao meio. O governo federal investiu R$ 2 milhões na construção da UPA.

Em março do ano passado, a Cetesb vistoriou a unidade e entendeu que havia irregularidades. Segundo o órgão, o prédio estava em área de proteção permanente e impedia a regeneração natural da vegetação. No mês seguinte, veio a advertência e a paralisação. O embargo durou oito meses. O atraso nas obras provocou a desistência da empresa vencedora da licitação.

A Prefeitura informou ontem que aguarda parecer da Justiça para que possa publicar edital de licitação e contratar outra empreiteira, que será a responsável pela finalização da obra.

A administração também esclareceu que a Guarda Civil Municipal realiza rondas periódicas para tentar inibir ocorrências de vandalismo e criminalidade.

FALTA DE MÉDICOS
Sobre o problema frequente de falta de médicos nas outras três UPAs do município em atividade - Zaíra, Vila Assis e Vila Magini - a Prefeitura apenas adiantou que está realizando contratação de médicos, mas não mensurou quantos serão e onde irão atuar. Segundo usuários, a situação é ainda pior aos fins de semana.




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