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Raio X está quebrado há 56 dias em hospital de Sto.André
Mário César de Mauro
Do Diário do Grande ABC
28/04/2003 | 21:32
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A única máquina de raio X do PA (Pronto-Atendimento) da Unidade de Saúde Bangu, na rua Avaré, em Santo André, está quebrada há 56 dias. Pacientes que necessitam do exame são orientados a ir ao CHM (Centro Hospitalar Municipal). O equipamento está quebrado desde quando houve um curto-circuito, em 5 de março passado, e hoje sequer pode ser ligado. No local, trabalham 32 técnicos de raio X concursados, remetidos para a Unidade Bangu quando os serviços de radiologia passaram a ser de responsabilidade da Fernandes Diagnóstico por Imagem, empresa privada contratada pela Prefeitura de Santo André que opera desde maio passado. O Diário procurou terça-feira a Secretaria de Saúde para falar sobre os problemas, mas até as 21h30 não houve resposta da assessoria de imprensa da Prefeitura.

Há outras deficiências no raio X da Unidade de Saúde Bangu. Na câmara escura, a máquina processadora do filme, onde a película é revelada, também está quebrada, segundo os técnicos. Mesmo se os dois equipamentos estivessem funcionando, ainda haveria mais problemas que impediriam o bom funcionamento do serviço, já que faltam filmes e produtos químicos necessários para a chapa final de raio X. Os funcionários estimam que cerca de 100 exames deixem de ser feitos por dia. “Temos pouco mais de dez filmes e os produtos químicos são os que estão dentro da processadora. Precisamos fazer reparos com esparadrapos”, disse um funcionário do hospital que não quis se identificar.

A Unidade de Saúde de Bangu atende todo o segundo subdistrito de Santo André, e a orientação de funcionários do hospital é encaminhar os pacientes de raio X para região Central. “É a orientação na recepção, dos médicos e dos operadores do raio X”, afirmou outro funcionário. No corredor da sala de radiologia pelo menos dois cartazes explicitam a situação: “Raio X Quebrado” e “Não tem RX”.

A inoperância das máquinas obriga os 32 técnicos de raio X concursados a ficar de braços cruzados. Eles se dividem em diaristas e plantonistas, em turnos de 12 e 24 horas. A ociosidade faz com que alguns funcionários ajudem em outras funções, como na recepção do hospital. Em algumas manhãs, chega a ter sete funcionários da radiologia sem tarefa. “É falta de respeito conosco, pois somos tachados de inoperantes. Mas a administração pública não nos proporciona as mínimas condições de trabalho”, disse um técnico.

Uma comissão dos técnicos de raio X elaborou uma carta relatando todos os problemas da sala de radiologia da Unidade de Bangu, endereçada à Secretaria de Saúde e ao Sindicato dos Servidores do Município de Santo André.




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