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Astrônomo quer relógio solar em escola de Diadema
Samir Siviero
Da Redaçao
08/07/2000 | 16:36
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  Os astrônomos do Observatório Municipal de Diadema vao ministrar cursos sobre o relógio solar para professores da rede municipal de ensino, durante o segundo semestre, com o intuito de divulgar a leitura das horas por meio dos raios solares. Ao mesmo tempo em que se preparam para as aulas, os astrônomos detectaram que o Sol entrou este mês em seu período de máxima emissao de partículas eletricamente carregadas para o campo magnético da Terra, fenômeno que pode prejudicar as comunicaçoes via satélite.

O diretor do observatório e astrônomo Milton Pereira Barros disse que há um projeto na Secretaria de Educaçao de Diadema para permitir a montagem de relógios solares nas escolas municipais. "Com o curso, queremos que os professores aprendam como funciona e como se monta um relógio solar.

O projeto prevê a execuçao de relógios de mármore que seriam criados pelos próprios professores e instalados nas escolas, mas ainda precisamos de uma aprovaçao da secretaria."

Milton quer expandir o curso sobre os relógios solares para todo o Grande ABC, pois acredita que essa cultura milenar pode dar noçoes de Geografia, História e Astronomia. "Nos países europeus, o relógio solar é muito difundido porque ensina, além de como ver as horas, coordenadas geográficas e mostra desenhos de onde a Terra está em relaçao aos demais planetas, além de outros temas. Queremos popularizar o relógio solar por meio desses cursos e da montagem de equipamentos nas escolas."

O Observatório Municipal de Diadema tem um acompanhamento periódico, por meio de gráficos, das explosoes e manchas solares. Segundo o astrônomo Milton Pereira, o Sol entrou este mês em sua fase de máxima emissao de partículas ao campo magnético da Terra. "Nesse período, que só ocorre a cada 11 anos, o Sol tem muitas manchas, pois a quantidade de explosoes aumenta consideravelmente", explicou.

O fenômeno astronômico pode causar interrupçoes de alguns segundos ou minutos nas transmissoes via satélite e aumenta o aquecimento da Terra em cerca de 1º C. "Há 11 anos, uma usina hidrelétrica no Canadá teve uma pane em razao da máxima solar. Para se ter uma idéia, mesmo com os problemas de poluiçao, o efeito estufa dificilmente causa o mesmo aquecimento que o Sol quando entra nesse período", explica Milton.

Segundo o astrônomo, a emissao de partículas eletricamente carregadas para o campo magnético da Terra interferem no funcionamento elétrico dos satélites.

"Os satélites passam por vários tipos de testes, mas infelizmente nao há como preveni-los contra panes causadas pelas rajadas de partículas solares. Também nao há como prever quando as interferências vao ocorrer", disse Milton.

Mais informaçoes sobre os cursos ou fenômenos astronômicos podem ser obtidas no site www.observatorio.diadema.com.br




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