Segundo fontes militares, "violentos combates" ocorriam nos setores de Batalik e Drass, ao norte do Cachemira indiano, onde as tropas indianas conseguiram cortar as linhas de abastecimento inimigas no setor de Tiger Hills, a 5.400 metros de altura.

Anteriormente, as forças indianas reconquistaram um cume perto de Tololing, a 4.500 metros, no maciço que domina a rota Srinagar-Leh, utilizada pelo exército indiano para restabelecer mais ao norte a frente de Siachen.

Grupos guerrilheiros com base no Paquistao desmentiram os avanços indianos, falando de "propaganda", enquanto fontes militares paquistanesas informaram que nao houve mudanças no terreno.

Os especialistas estimam que será necessário esperar até o inverno, que começa em outubro no Himalaia, para reconquistar as áreas tomadas pelos infiltrados, que se estendem em 150 km ao longo da "linha de controle".

Um oficial indiano informou ao jornal Indian Express que em Tololing os guerrilheiros construíram abrigos subterrâneos de três níveis, onde tinham armas e mantimentos para um ano. Segundo a India, 700 combatentes islâmicos dos 1.500 infiltrados ainda resistem depois de um mês de combates.

De acordo com o jornal Times of India, o conjunto das forças indianas foi posto em estado de alerta em todas as fronteiras com o Paquistao, com um fim "defensivo" depois de importantes movimentos de tropas do lado paquistanês.

Islamabad desmente ser responsável pela situaçao, afirmando que se trata de uma operaçao de guerrilha, estritamente cachemira e acusa a India de rejeitar qualquer diálogo.

Nesta segunda-feira, o presidente norte-americano, Bill Clinton pediu por telefone aos chefes dos dois governos para encorajá-los a dialogar. Segundo Nova Delhi, Clinton deixou claro ao primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, que apreciava a "moderaçao" indiana.

Os dois países manifestaram estarem dispostos, se fosse o caso, a entrar na quarta guerra indo-paquistanesa.