Morreu na última segunda-feira Primo Mariani, morador de São Caetano. Com quase 110 anos, ele era tido como o homem mais velho da cidade. Foi enterrado ontem, no Cemitério da Saudade, no bairro Cerâmica, e deixou três filhos.

"Ele completaria 110 no sábado. Nunca teve problema de saúde e há alguns dias estava hospitalizado por causa de uma infecção urinária", contou seu filho, João Tarcísio Mariani, 66 anos. Os órgãos já muito frágeis não resistiram às outras infecções.

Segundo relato de familiares, o filho de imigrantes italianos ainda tinha planos para muitos anos de vida. "E se amanhã tiver que chegar (o fim), vou sentir, porque eu acho que ainda é cedo", declarou Primo em um documentário feito, em 2009, pelo neto Fernando Celso Mariani, 33, disponível na internet.

Aposentado como modelador de madeira, começou como carpinteiro no Brás, na Capital, onde morava com os pais e nove irmãos. Em 1928, a família veio para São Caetano.

Primo Mariani foi personagem em diversas reportagens do Diário. Em uma delas, o colunista Ademir Medici contou que um de seus desejos, aos 100 anos, era retornar a Pitangueiras, no Interior, em uma fazenda onde foi criado até os 8. Naquele mesmo ano, retornou à terra natal. Um dos vários sonhos realizados em sua feliz existência.